Tesouros Enterrados
Existem por aí muitas lendas acerca de tesouros submersos ou enterrados, das mais diversas procedências.
Um dos mais impressionantes de que tenho conhecimento é o famoso Tesouro da Trindade que, segundo a lenda, está enterrado em Ilhabela e nunca foi encontrado; trata-se de uma fortuna incalculável em ouro e pedras preciosas originalmente saqueado dos astecas pelos espanhóis, que foram, por sua vez, roubados por piratas que se refugiavam em nossa paradisíaca costa... Segundo consta, além do valor monetário envolvido, por tratar-se de um volume exorbitante em moedas, joias e artefatos religiosos subtraídos dos templos astecas, o tesouro abriga sobretudo documentos de valor histórico inestimável, pois os espanhóis levavam também todos os registros de sua passagem para não largar vestígios que os associasse às chacinas e ao rastro de sangue que deixaram por onde passaram.
Curiosamente, eu mesmo tive na juventude um sonho muito vívido em que decifrava um mapa com a localização exata desse tesouro, tão fabuloso quanto pesado, em termos energéticos, dado o número catastrófico de mortes que deve ter motivado, quem sabe até um genocídio (mas isso foi há 35 ou 40 anos, e o local continua acessível apenas por barco... Quem sabe um dia eu crie coragem e vá lá conferir).
Porém, nem só de piratas vivem as lendas de tesouros. No estado do Paraná, por exemplo, praticamente em todas as pequenas cidades existem lendas herdadas do ciclo do café, que dão conta de fazendeiros que enterravam fortunas em ouro por não confiar em bancos ou não ter acesso a estes; alguns desses fazendeiros morriam levando consigo o segredo de onde enterraram sua riqueza. Certa vez em um passeio rústico pela Serra da Graciosa, em visita às ruínas da conhecida “casa de pedra”, propriedade que pertenceu a um próspero alemão na época da Segunda Guerra Mundial, pude notar visíveis sinais de escavações no local que um dia deve ter sido uma lareira... Tinha fortes indícios de uma “caça ao tesouro”.
E para quem acredita que já não exista mais dessas coisas, hoje faz exatamente 25 anos que, com a ajuda de um detector de metais, foi descoberto o maior tesouro de prata e ouro da Britânia e a maior coleção de moedas de ouro e prata dos Séculos IV e V encontrados dentro do Império Romano. Trata-se do Tesouro de Hoxne que, encontrado na vila de Hoxne em Suffolk, Inglaterra, é composto de 15 mil moedas romanas de ouro, prata e bronze e aproximadamente 200 itens de utensílios em prata e joias de ouro; as peças mais importantes estão hoje em exibição permanente no Museu Britânico em Londres... Um ano depois da grande descoberta, o Comitê de Avaliação do Tesouro avaliou o achado em 1,75 milhões de libras esterlinas.
Nossa! Até me inspirou! Acho que vou dar um pulinho ali em Ilhabela e volto logo...
Ou não... Como diria Caetano Veloso.
(Pedro Costa)
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Este Artigo foi publicado originalmente em www.pedrolcosta.com.br