Testamos: ZenBook 14 é bom, mas o preço é proibitivo

Testamos: ZenBook 14 é bom, mas o preço é proibitivo

Bonito, leve, portátil, com bateria que dura muito, mas com preço acima, bem acima, do que ele merece. Assim podemos rapidamente definir o Asus ZenBook 14. Por R$ 5.899, preço sugerido, o produto pode ser encontrado no Brasil.

Com esse valor, é possível encontrar outras máquinas melhores que a da Asus como, por exemplo, os novos Dell G3 15 a partir de R$ 4.189, e os Dell G5 15 a partir de R$ 5.249. Ambos com configuração mais poderosos que incluem placas gráficas a partir da GTX 1050 com 3GB.

Vantagens?

Mas não há vantagens na máquina da Asus? Claro que há. Vamos a elas? A primeira é o peso. Com apenas 1,09 kg, o computador é leve e portátil. O corpo metálico com círculos concêntricos é atraente. Apesar de parecer um equipamento de 13 polegadas, ele na verdade tem 14. A “mágica” se dá pelo maior aproveitamento da tela, quase sem bordas. São 2,9 mm nas laterais e 3,3mm na parte inferior, com 6,1mm na superior para que possamos ter a câmera.

A tela é um show à parte. Ela é uma NanoEdge com design quase sem bordas nos quatro lados. A nitidez do equipamento e o contraste deixam vídeos e filmes mais agradáveis para que você passe horas no notebook. Ele tem resolução Full HD (1920 x 1080) e ângulo de visão é de 178 graus que faz diferença mesmo no seu uso contínuo. Por falar em horas usando o equipamento, a abertura de ângulo de 145 graus aliada ao fator de ficar 3 graus acima da mesa de trabalho vão permitir maior ventilação ao notebook e um digitar ainda mais confortável. Certamente traz conforto para o usuário. Uma ideia bem bacana da Asus.

A Asus também embarcou no computador tecnologias – incluindo a Splendid e a Tru2Life Video – que ajustam os parâmetros de exibição para garantir o melhor conforto visual e desempenho de cor, para qualquer tipo de conteúdo.

E a bateria? Vai durar muitas horas. Não chegará as 13, com uso constante, mas umas 5 a 7 serão alcançadas. Isso com uso normal sem tantos vídeos. Se não usar o equipamento o dia todo, serão alguns dias de sossego sem recarregar. Uma bênção. Se tentar jogar ou assistir a vídeos, aí a autonomia da bateria será reduzida. Mas acredito que esse não deve ser o maior foco da máquina da Asus, sejamos sinceros.

Ainda falando em tentar usar o laptop para curtir um filme ou vídeo do YouTube, o sistema de som é bastante agradável. Certificado pela Harman e Kardon, dona da AKG e da JBL, o produto não deixa você reclamar de nada. É suave e forte na medida certa. Muito bom para curtir sua playlist do Spotify, acompanhar o futebol ou mesmo sua série favorita na Netflix.

Para trabalhos do dia a dia é uma ótima máquina. Dá para editar vídeos (até os 4K que não sejam com mais de 5 minutos) e jogar algo que não exija gráficos de ponta. Pronto, vamos agora entrar nos pontos negativos.

Pequenas falhas

O teclado retroiluminado não é tão iluminado. Pontos apenas de luz no teclado e não todo ele iluminado. Usá-lo para digitar seus textos é bem agradável e você certamente não cansará após horas de trabalho. O touchpad com teclado número a um toque é um plus a mais que não é assim tão útil. Está lá, mas para que usá-lo mesmo?

Como já falamos, pelo preço, o notebook da Asus deveria ter uma GPU própria de, ao menos, 2GB. A máquina não tem uma GPU dedicada e se você tentar jogar games mais robustos o rendimento será ruim. Os gráficos não vão renderizar da forma perfeita pela falta de uma placa gráfica dedicada. Mesmo com um bom processador Intel Core i7-8565U com 4 núcleos e 8 threads, frequência base de 1.8GHz, 8GB de RAM e 256GB de armazenamento SSD o desempenho para trabalhos gráficos, como edição de vídeos (especialmente em 4K) e muitas fotos, fica a desejar, mas pode resolver se você tiver paciência e usar a máquina apenas para isso naquele momento. Porém, aconselho a procurar um computador mais potente se pensar em trabalhar profissionalmente com vídeo e edição de fotos.

Outra ausência notável é o touchscreen. Hoje em dia, máquinas bem mais baratas já o possuem. A empresa de Taiwan resolveu não optar por isso. Uma falha, mas nada que faça o mundo se acabar, sinceramente. Afinal, esse negócio de laptop de 13 polegadas que vira um tablet é meio esquisito. Sempre acho que aquela dobradiça vai quebrar a qualquer momento. Se você quer um tablet, há razoáveis e até bons no mercado com sistema operacional Android. Para quem precisa muito, tem os iPads da Apple. Porém, acredito que este tipo de produto é pouco necessário. Quase nenhuma profissão vai realmente precisar tanto de um equipamento assim. Desta forma, a inexistência do touch pode até não ser lá tão ruim assim no fim das contas.

Por fim, a Asus informa que o notebook recebeu certificação de nível militar pela durabilidade. Teria passado em testes de queda, vibração, altitude, alta e baixas temperaturas. Replicar os testes não foi possível, infelizmente.

Foto: Camila Lima

Leia mais: https://glo.bo/2Ld2BnL

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