Testes de eficácia para anti-helmínticos

A PORTARIA Nº 48 (1997) é a legislação vigente sobre os Testes de eficácia para Anti-helmínticos e traz informações apenas para ruminantes. Haja vista a necessidade de atualização, em 2015 entrou em consulta pública a PORTARIA nº 88, com alterações e especificações dos anti-helmínticos para as demais espécies.

Já em 2020 entrou em consulta pública a PORTARIA nº 35, que traz novas atualizações e um importante tópico quanto aos estudos de eficácia em suínos.

Os helmintos constituem um grave problema sócio econômico, pela alta prevalência entre animais domésticos e distribuição geográfica.

Os suínos infectados são privados de nutrientes, afetando negativamente o crescimento e a eficiência alimentar. Desse modo, torna-se importante os testes de eficácia de medicamentos anti-helmínticos.

Para delineamento dos estudos são consultadas normativas nacionais e os guias internacionais, como VICH GL 16, VICH GL 17. Sendo o GL 16 um guia de eficácia de anti-helmínticos com recomendação para suinos.

É fundamental a participação de profissionais com expertise a fim de delinear e conduzir os estudos conforme as exigências do MAPA e Bem Estar Animal.

Sendo que alguns pontos devem ser discutimos e revisados no momento do delineamento como:

- Tipo de teste: controlado ou de campo;

- Método de infecção do estudo controlado: natural ou induzida;

- O método de avaliação da infecção, como exame de fezes (OPG) ou necropsia + OPG;

- N amostral para cada tipo de teste;

- O ranqueamento adequado conforme contagem de OPG;

- O bem-estar dos animais;

- Ainda a fase de desenvolvimento do medicamento deve ser considerada, visto que novos anti-helmínticos devem realizar testes de determinação de dose, confirmação de dose e estudos de eficácia em campo.

Alguns pontos foram omitidos aqui, no entanto, hoje é uma tendência a utilização também de animais naturalmente infectados e este é o principal desafio que buscamos resolver na PigPork Solutions.

Por Laís Lopes