Texto para as mulheres – porque nos comparamos demais!
A melhor coisa que fiz no último ano foi parar de seguir pessoas dais quais eu sentia inveja nas redes sociais. Inveja? Sim, isso mesmo. Todo mundo sente, principalmente nós mulheres.
Vou contar o meu caso. No Instagram eu seguia uma blogueira que viaja o mundo com a família. Eles (ela, marido e dois filhos – lindos) estão sempre estão muito, MUITO felizes e sorridentes em fotos nas paisagens mais lindas do mundo. Me pegava pensando: nossa, ela deve ser uma mãe melhor. Está sempre com os filhos e deve ser muito paciente. Nossa, eles viajam o mundo todo...como eu queria essa vida dos sonhos.
Ou tinha aquela que malha todos os dias, e claro, posta mil fotos de roupa de academia ou biquini com seu corpo perfeito. Uau, ela deve ser muito mais disciplinada. Nossa, como eu como porcaria. Porque tenho tanta preguiça? Preciso melhorar e ir quatro vezes por semana invés de duas.
E aquele executivo? Lê 5 livros por mês, faz 33 cursos no ano, participa de 4 conselhos e duas lives por semana. Que dedicado! Como vou conseguir fazer mais um curso entre gerenciar uma empresa, 2 filhos pequenos, uma casa, academia e ainda por cima ver os amigos, ser uma filha que lembra dos aniversários, dia das mães, etc.?
NOSSA como essa gente consegue? Não consegue, não é possível porque não existem tantas horas no dia. Então claro, a super fitness talvez não tenha um emprego que consuma no mínimo 40 horas na semana ou talvez não esteja fazendo mais um curso...o executivo talvez more sozinho, não tem dois filhos pequenos ou não se importe com lembrar os aniversários. Mas quando a gente se fixa em alguns modelos esquece que eles se especializam no que mostram na telinha.
Bem, vi de perto o outro lado da estória. Tenho uma amiga empresaria que passou por um divórcio turbulento e sofreu muito durante o ano que isso aconteceu. Porém o Instagram e Facebook continuavam perfeitos. Outros colegas comentavam como ela estava lidando bem com o divórcio – mas eu sabia a verdade: muitas noites de choro, solidão, dúvidas e ansiedade. É obvio que ela não iria (e em minha opinião nem deveria) postar sobre o sofrimento – lugar para isso é em casa, na psicóloga ou na melhor amiga. Mas posso garantir: a verdade estava muito longe da imagem cuidadosamente construída nas redes sociais.
Redes sociais são parte fundamental do marketing e não a vida real de pessoas públicas e da vasta maioria dos profissionais. E essa amiga que tinha tempo de sobra para academia e muitos cursos, estava preenchendo uma solidão terrível que enfrentava naquele momento.
Para valorizar o que eu faço melhor – que é conciliar tudo isso: filhos, empresa, família, estudos e diversão, parei de seguir o que me faz mal. É obvio que sigo pessoas que me inspiram e agregam, mas procuro não esquecer que nem todos eles tem tantos pratos balançando ao mesmo tempo. E faço o que dá. `As vezes a empresa sofre, `as vezes as tarefas das crianças vão incompletas e `as vezes a casa fica suja. Paciência!
Demorei 20 anos para entender que não existe “equilíbrio” de verdade -onde cada área receber sua proporção correta e exata de atenção a cada dia. Vivo as fases: onde estou mais dedicada `a empresa, `as vezes com mais vontade de ficar com os filhos e `as vezes quero ser egoísta e cuidar de mim. Nunca é dividido em pesos iguais. Faço o melhor que dá por hoje e agora (após MUITO sofrimento) vivo sem culpa e sem inveja – bem, a maioria das vezes pelo menos.
Se sinto admiração, FICA, se sinto inveja, UNFOLLOW!
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4 aPerfeito! A vida nas redes sociais para comercial de margarina ou uma novela com história perfeitas, mas infelizmente a vida não é assim. Ela é feita de momentos, de escolhas e de realidades escondidas.
Analista de Operações Financeiras
4 aExcelente reflexão para esses dias atuais, onde somos bombardeadas pela internet. 👏🏼