Threat Informed Defense: Antecipando os Movimentos dos Atores Maliciosos
Um fato claro é que os ataques são cada vez mais sofisticados. Nesta semana, por exemplo, conhecemos detalhes sobre o surpreendente ataque do Fancy Bear via Wi-Fi, mesmo estando muito distante do target, portanto, longe do alcance eletromagnético da rede sem fio. As defesas tradicionais? Nem sempre são suficientes para parar estas ameaças emergentes. Apenas focar nas boas práticas e esquecer o que os adversários estão aprontando do outro lado é uma péssima estratégia. É aqui que entra a Threat-Informed Defense, uma abordagem que ajusta as defesas com base no comportamento real dos atacantes.
Essa estratégia utiliza frameworks como o MITRE ATT&CK, que mapeia as táticas, técnicas e procedimentos (TTPs) usados por grupos maliciosos, permitindo que as organizações foquem nas ameaças mais relevantes para o seu setor. Ao simular ataques baseados nestas TTPs e testar suas defesas, as equipes de segurança podem identificar lacunas e melhorar continuamente suas capacidades de detecção e resposta.
Mais do que uma ferramenta técnica, essa abordagem é uma estratégia proativa para enfrentar o cenário dinâmico de ameaças cibernéticas, mantendo as organizações sempre um passo à frente dos atacantes. Portanto, a importância de um processo de CTI (Cyber Threat Intelligence), dentro da organização, é vital aqui para acompanhar a evolução da criatividade destes vários grupos maliciosos e implementar as proteções apropriadas.