Time dos Sonhos
Gosto muito de comparar times de esportes coletivos com o mundo corporativo. Penso que tive sorte em ter iniciado nos esportes logo cedo, pois, isso ajudou na formação de meu caráter e visão da importância de todos em um coletivo para conquistar um objetivo comum. Em um time, todos tem seu valor, precisam ser reconhecidos, motivados e podem evoluir.
Levando-se em consideração esse comparativo, começarei tratando de um exemplo de liderança. A grande maioria das pessoas lembra-se do “Dream Team” de Basquete dos EUA em 1992 (na minha opinião foi o melhor de todos os tempos). Time invencível, certo? Hummmm, será? Vamos colocar uma lupa nos bastidores da preparação desse grande time.
Diz a história que o técnico do “Dream Team” de 92, Chuck Daly, sabendo do desafio de lidar com tantas estrelas e respectivos egos, organizou um jogo com o time universitário em que simplesmente não deu nenhuma direção para os jogadores. Pessoal, apenas joguem!
Acreditem, o Dream Team de 92 perdeu o primeiro amistoso (ok, caso não acredite, segue um vídeo sobre o tema. Caso tenha dificuldade com Inglês, infelizmente não encontrei um vídeo legendado, mas as imagens com reações passam a ideia -> clique aqui.)!
Entendo que esse primeiro amistoso foi um golpe de mestre do líder dessa equipe para conseguir respeito e enviar a mensagem de que sim, eles são os melhores, mas sem estratégia, organização e espirito coletivo, não haverá sucesso!
Seguindo meu raciocínio, vamos falar sobre os membros de um time com foco em bons executores. Pessoas que se esforçam para dar o melhor e buscam evoluir. Também é importante observar que um time não necessariamente iniciará a partir de jogadores prontos como “Dream Team” de Barcelona.
Ainda usando basquete como exemplo, temos alguns elementos que contribuem para a vitória como fazer pontos, defender, pegar rebotes, dar assistências, etc...
Existem jogadores que foram para o Hall da Fama da NBA executando acima da média somente alguns dos elementos de um jogo. Por exemplo, Dennis Rodman, esse foi um jogador que não era lá grande coisa pontuando ou dando assistências, mas sua defesa e rebotes foram os melhores já vistos! Rodman percebeu os elementos que tinha facilidade, entendeu que seriam úteis para contribuir para o jogo e virou especialista em dois elementos importantes.
Estou falando para as pessoas limitarem ser como Denis Rodman? Não exatamente. A ideia é entender qual é a melhor forma de contribuir e o limite está dentro de você. De qualquer maneira, para ser especialista em todos os elementos do jogo leva tempo e você tem que querer com real foco.
Vamos falar de uma pessoa que foi boa em todos os elementos do jogo? Michael Jordan, creio que a maioria das pessoas já ouviu falar dele. Vocês sabiam que Michael Jordan no começo de carreira não era tão bom nos arremessos de longa distância? Jordan já era considerado uma estrela, queria mais e foi atrás com repetição, esforço e suor para dominar todos os fundamentos do jogo.
No mundo dos esportes ou corporativo podemos dizer que são poucos os Michael Jordans e é possível construir times formidáveis com Dennis Rodmans. Indo um pouco mais longe, podemos dizer que até Michael Jordan precisou de Dennis Rodman.
Todos os membros de um time são importantes, podem e devem se completar. Importante saber qual é a direção, como se organizar, qual é seu papel, dar seu melhor e evoluir ao longo do tempo para alcançar o sucesso com satisfação. Adicionalmente e não menos importante é ter muito cuidado com ego e egoísmo. Esses são elementos do jogo que normalmente não combinam no coletivo.
Vamos todos ajudar na construção e assim fazer parte de Times dos Sonhos!
Executivo de vendas na SoftExpert - Software for Excellence
7 aBelo texto HB, percebe-se nitidamente como a presença, ou a falta, de um líder pode te levar ao dilema de Alice e sem um direcionamento, os talentos de sua equipe estarão perdidos com possíveis rotas de colisão.
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7 aMuito boa comparação de esporte com mundo corporativo, concordo que o papel do Gestor/Líder do Projeto é identificar (assim como o técnico do Basquete) a limitação de cada, motivando o indivíduo a melhorar esse ponto e colocando ele numa posição contrária à essa limitação. Parabéns pelo Post.