Timing: Compre ao som dos canhões e venda ao som dos violinos
A famosa frase é atribuída ao financista Nathan Rothschild e é óbvia quando falamos de mercado financeiro. A analogia é que quando há pânico e euforia para vender, na verdade pode ser uma grande oportunidade de comprar, e quando tudo está bom demais para ser verdade, deveria ser o momento de vender, já que tudo estaria refletido ao preço justo.
Qualquer um, ao ver um gráfico ascendente de uma ação, por exemplo, pensa: “quero comprar aqui no fundo, quando subir eu vendo no topo e vou repetindo a operação ad eternum”. Fácil...
O fator psicológico é inerente ao ser humano em todas as áreas. Ao se estressar ou entrar em modo de euforia, o irracional toma o controle e “força” as pessoas a tomarem atitudes que em condições normais jamais fariam ou, pelo menos, pensariam muito antes de fazer.
Para quem conhece a dinâmica do mercado de renda variável, sabe que as oscilações fazem parte do jogo. Porém, vez ou outra, acontecem fenômenos ou “cisnes negros” que são raros e tendem a movimentar o mercado de forma disfuncional. Como o caso recente do COVID19, onde durante meses ouvimos apenas canhões nas ruas e o que grande parte das pessoas fez foi “ficar de fora” para “esperar o momento de tensão passar”. Poucos aproveitaram o movimento e efetivamente tentaram comprar no fundo.
No estresse máximo, a Bolsa chegou aos 60.000 pontos e, desde então, em cerca de 3 meses, voltou a ficar acima dos 100.000 pontos. Um pouco antes disso, os violinos começaram a tocar na cabeça destes investidores que voltarem a aparecer dizendo que agora é a hora, pois “está barato”. Pois é, o que é a psicologia humana não?!