Tirei férias na quarentena

Em meio ao surto do COVID-19, Coronavírus, concederam minhas férias no trabalho. Tudo uma triste (porém saudável) coincidência.

Sem poder viajar, em casa o tempo todo, com todas as minhas séries em dia e sem previsão de vida social, o que me restava é estudar. Mas estudar o que? Decidi. Programação. E o que eu poderia fazer? Essas eram dúvidas de uma segunda-feira nada típica.

Em casa, acessando redes sociais a todo o momento, notei que haviam poucas e incongruentes informações sobre o COVID-19 no Brasil. E veio o insight: criar um bot no Twitter para informar as pessoas dos casos assim que eles ocorressem, de forma segura.

Surgiu outro problema: executar a ideia. Era preciso programar (ok. Foram 50 linhas de código, que disponibilizo depois no GitHub), utilizar a API do Twitter (até ali, desconhecida para mim) e deixar online (onde realmente quebraria a cabeça). Após algumas horas, várias xícaras de café e uma grande vontade de quebrar o computador, estava pronto. Eu tinha um bot.

Como já sabemos, as aparências enganam. Parece um texto sobre férias, talvez quarentena, quem sabe sobre programação ou até mesmo a superação de um desafio. Mas não é. É sobre MARKETING VIRAL.

Marketing Viral NÃO é uma estratégia de marketing. O Viral é apenas um canal de aquisição.

Andrew Chen, especialista da área, em seu artigo, "Facebook viral marketing: When and why do apps “jump the shark?” , disponibiliza um gráfico onde fica evidente que o viral é um canal muito imprevisível e possui um tempo de vida bem curto.

Arriscar é o caminho quando decidimos utilizar o canal da viralização. Para minimizar os riscos e conseguir atingir o caminho do sucesso (se é que existe), algumas informações devem ser observadas. São elas: assunto, problema e contexto.

1. Assunto: qual o tema mais falado pelas pessoas no Brasil e em todo o mundo nos últimos dias.
2. Problema: qual o maior problema enfrentado pelas pessoas no assunto proposto.
3. Contexto: ponto de intercessão entre assunto, problema e meio de divulgação.

Levando em consideração esses três fatores, fica mais fácil "prever" a probabilidade de viralizar.

"Tá bom, Matheus, entendi. Mas o que isso tem a ver com um bot que você criou?"

TUDO! O bot passou de 0 a 10.000 seguidores em apenas 24h apenas utilizando o Marketing Viral! 🎉 🎉

Como assunto, utilizei o Coronavirus. Como problema, a falta de informação, no Brasil, sobre dados concretos. E como contexto, utilizei uma rede social baseado na ideia de que, na quarentena, em casa, as pessoas utilizam com mais frequência a internet e seus recursos.

Chega de conversinha e vamos aos resultados.

Link do perfil: @br_covid19

Contra fatos, não há argumentos. O Viral funciona.

Criei algo relativamente simples, mas com uma função social em um momento complicado. E sinto uma grande felicidade em poder dar a minha (pequena) parcela de contribuição.

É isso.

Abraços (que sejam presenciais, em breve)