TIREOIDE
A glândula tireoide está localizada na parte anterior do pescoço, abaixo da cartilagem tireoide. Ela tem função importantíssima no corpo humano, pois regula a atividade de órgãos como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Além disso, a glândula produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), garantindo o equilíbrio do organismo.
Ela atua diretamente no crescimento e desenvolvimento de crianças e de adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional. Quando a tireoide não funciona corretamente, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente (hipotireoidismo) ou em excesso (hipertiroidismo). Nos dois casos, o volume da glândula aumenta, o que é conhecido como bócio.
O hipotireoidismo e o hipertireoidismo podem causar uma séria de sinais e manifestações clínicas que afetam a qualidade de vida dos pacientes. Os sintomas podem ser leves ou não específicos, por isso o diagnóstico torna-se muitas vezes difícil.
Estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida, mas apenas 5% desses nódulos são cancerosos. Para prevenir complicações, é importante procurar atendimento médico para o diagnóstico precoce de alterações na tireoide e, quando é atestada a existência de um nódulo, o médico solicita exames complementares para avaliar se o nódulo é cancerígeno.
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Os distúrbios da tireoide afetam principalmente as mulheres, com uma proporção que varia de 5 a 7 mulheres para cada homem. Uma vez que um nódulo é detectado, cabe ao médico decidir sobre a solicitação de um ultrassom e/ou uma biópsia. O procedimento costuma ser pedido nos casos em que as massas têm mais de 1 centímetro. Mas não há motivo para se desesperar: nódulos tireoidianos são encontrados em quase metade da população acima dos 40 anos. Desses, apenas de 15% a 20% são malignos.
A depender do diagnóstico médico, nódulos na tiroide podem ser tratados através da ablação da tireoide. Trata-se de um procedimento minimamente invasivo que, valendo-se de ultrassonografia em tempo real, introduz uma fina agulha em múltiplos pontos do nódulo. Com radiofrequência ou laser, pequenas partes do nódulo são sucessivamente aquecidas até a destruição do tecido. Assim, com o passar dos dias, o nódulo progressivamente reduz seu tamanho, melhorando sintomas e o efeito estético decorrente do abaulamento. O procedimento é realizado em regime de hospital-dia, com alta hospitalar poucas horas após o procedimento e possui taxas de complicação muito baixas.
Por fim, é válido dizer que a realização de procedimentos minimamente invasivos guiados por imagem estão ganhando cada vez mais espaço nos hospitais, porque geram menor desconforto, possibilitam uma recuperação acelerada e permitem que o paciente retorne à sua rotina mais rapidamente.