Todo líder precisa questionar a realidade

Todo líder precisa questionar a realidade

Ao longo dos anos, tenho notado que questionar a realidade é uma das habilidades mais festejadas e, ao mesmo tempo, mais essenciais quando se fala em liderança.

E por que questionar a realidade é tão importante? Porque, em tempos de inovações e transformações tão rápidas, a chamada realidade muda a todo instante. O que valia há dez anos, hoje está obsoleto. Os mercados mudam, as tendências e cenários se transformam e o líder deve, o tempo todo, questionar se os caminhos trilhados, seja por sua empresa, seja em sua vida, estão na direção correta.

Questionar a realidade demanda uma mente curiosa e aberta, disposta a enfrentar dogmas e, por vezes, nossas próprias crenças acerca de como o mundo funciona. Demanda pensar fora da caixa e estar pronto para permitir que suas perguntas o levem a território desconhecido. Tony Robbins afirma que a qualidade das perguntas que fazemos a nós mesmos tem o poder de transformar nossas vidas. Acredito nisto: as perguntas que fazemos a nós mesmos e aos outros com a mente e ouvidos abertos podem transformar nossas vidas, carreiras e relacionamentos. Também acredito que nenhuma pergunta sincera fica sem resposta e é, justamente, por isso que devemos ter cuidado com as perguntas que fazemos.

Por exemplo, se temos o hábito de procrastinar alguma coisa e, em função disso, não conseguimos realizar muito em nossas vidas, perguntas como “por que nunca consigo realizar o que quero?”, em regra, geram respostas que confirmam o padrão de comportamento que se pretende mudar. Dessa forma, respostas como “porque não tenho disciplina” ou “porque não consigo gerir bem o meu tempo” conduzem a reflexões consistentes e apontam a direção rumo às mudanças.

No coaching, referimo-nos, com frequência, ao termo “perguntas poderosas”. Essas são perguntas que geram reflexão, trazem-nos consciência e, principalmente, levam-nos para o destino desejado. São cheias de possibilidades, inspiram a ação e servem de incentivo àqueles que as fazem.

Com base no exemplo anterior, podemos perguntar para nós mesmos ou para as pessoas em quem confiamos:

Como posso superar o hábito da procrastinação?

Como gerir melhor meu tempo?

Como gerar mais impacto com minhas ações e, com isso,

alcançar melhores resultados?

Percebe a diferença? Esse tipo de pergunta leva-nos, automaticamente, a buscar novas emelhores soluções para os desafios que enfrentamos, movemos da zona de conforto, enfim, são poderosas porque inspiram ação e mudanças positivas.

Em minha carreira, tenho o privilégio de conviver e trabalhar com grandes líderes de diferentes segmentos e mercados. Permita-me dividir com você, leitor(a), algumas das perguntas que trazemos quando de nossos encontros.

Sugiro que leia estas perguntas em tom reflexivo, trazendo sua aplicação para sua própria vida e anote os “insights”que, porventura, surgirem.

O que mais importa para você neste momento?

O que mais o entusiasma sobre o futuro de sua organização

ou de sua carreira?

Quais são as conquistas futuras que mais o inspiram?

Quando você está em seu melhor, o que está fazendo?

Que distrações o estão atrapalhando agora?

Se seu desempenho não melhorar, o que pode acontecer?

Qual a mudança que pode gerar o maior benefício? Diga-me uma

forma completamente diferente de enxergar esta questão.

O que pode fazer para engajar outras pessoas em seu projeto?

Quais os pensamentos e hábitos que já não servem para você?

Que ações você precisa tomar, mas que está postergando?

Como saberá que está no caminho correto?

O que fará quando encontrar obstáculos inesperados?

As perguntas que fazemos a nós mesmos e aos outros podem corrigir o curso de nossas ações, colocar-nos de volta ao caminho certo, gerar consciência, renovar nosso entusiasmo e até mudar nossa vida!


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