Todo mundo entende de Marketing, mas ninguém assume a bronca do Marketing
No mundo do marketing, parece que todos têm opiniões e sugestões. Mas, quando os desafios aparecem, quem realmente assume a responsabilidade? Você, como líder de marketing, já se viu nessa situação?
Vamos desmistificar isso. Primeiro, temos o eterno dilema: "Todo mundo é especialista em marketing, até a hora da bronca". É incrível como ideias e sugestões brotam aos montes quando os planos estão sendo traçados. "Por que não tentamos isso?", "Vi uma empresa fazendo aquilo, podemos copiar". Ah, o entusiasmo e a sabedoria de quem não carrega o peso da execução!
Mas, quando os resultados não são os esperados, quando as métricas não mostram o progresso antecipado, essas mesmas vozes se calam, desaparecem. O marketing, de repente, se transforma nesse enigma complexo que ninguém quer tocar. A responsabilidade recai, muitas vezes, solitariamente nos ombros do líder de marketing.
E aqui entra outra faceta dessa jornada: a expectativa de comportamento estratégico versus a realidade operacional. Todos querem estratégia, inovação, resultados que quebrem paradigmas. "Seja um estrategista!", pede o CEO. "Mostre-nos o caminho para o crescimento exponencial!", ecoa a diretoria. Mas aí, no dia a dia, o que acontece?
O líder de marketing se vê atolado em demandas operacionais. "Precisamos dessa arte para ontem", "Você pode organizar este evento até sexta?", "Esse relatório precisa estar pronto para a reunião de amanhã", “Refaz essa apresentação comercial”. A lista é interminável. E enquanto essas tarefas operacionais se acumulam, a estratégia, aquela que realmente poderia mover a agulha, fica esperando na fila.
É como se pedissem para você pilotar um avião, mas, ao mesmo tempo, servir o café, checar os bilhetes e ainda dar instruções de segurança. Onde fica o tempo para realmente voar?
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Esta é a realidade paradoxal do líder de marketing: ser estrategista, mas ao mesmo tempo, um faz-tudo. É um equilíbrio delicado, onde muitas vezes a balança pende mais para um lado do que para o outro. Mas é crucial redefinir esses limites, mostrar que o valor do marketing vai além de ser apenas um braço operacional.
Marketing não é só sobre fazer apresentações de última hora ou atender demandas urgentes. É sobre pensar, planejar e executar estratégias que alavanquem a empresa, que criem conexões duradouras com os clientes, que inovem e quebrem padrões. E para realizar as ações que mais importam, é preciso saber se blindar.
O líder de marketing se vê envolto em um "barulho mental" constante: ideias e sugestões de todos os lados, muitas vezes vindas de quem entende menos do que nós. É essencial ter a coragem de silenciar essas vozes externas para desenhar e executar o que realmente precisa ser feito. Defina claramente o porquê, o como e o tempo necessário para suas estratégias. E lembre-se, aqueles que desviam você do seu caminho estratégico devem ser responsabilizados pelos resultados dessas ações. Não se permita ser vítima das circunstâncias; seja o arquiteto do seu percurso no mundo do marketing.
Então, a todos os profissionais de marketing, uma mensagem: sua função é vital, complexa e desafiadora. É hora de reivindicar o reconhecimento merecido, não apenas como executores de tarefas, mas como arquitetos de estratégias que impulsionam o sucesso empresarial.
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