A transformação digital é sobre PESSOAS e não sobre tecnologia

A transformação digital é sobre PESSOAS e não sobre tecnologia

 Em época de pandemia, muito se fala sobre uma aceleração ainda maior da digitalização.

A primeira coisa que vem a cabeça são softwares e hardwares caros e complicados.

Entretanto, muito provavelmente, a tecnologia que sua empresa precisa para iniciar esse processo já está disponível gratuitamente ou pode ser comprada de maneira acessível.

O mais difícil, no fim das contas, é encontrar PESSOAS com competências para operar essas tecnologias.

Ou seja, a habilidade de adaptar-se a elas e fazer elas serem úteis.

 Os novos trabalhos exigem cada vez mais uma MENTALIDADE DE APRENDIZADO e ADAPTAÇÃO CONSTANTE, mesmo que muitas empresas, na hora de contratar, ainda priorizem a experiência, a rotina e a familiaridade do candidato com a área.

Muito compreensível isso, há mesmo um ganho no curto prazo, pois o colaborador já está habituado com a área e vai executar as tarefas mais rápido e pode ter a sensação que o seu trabalho está rendendo. Já no longo prazo pode ser um pouco frustrante e cair numa rotina contraprodutiva.

O que se ganha com a experiência pode se perder em inovação e novas oportunidades de aprendizado.

E como lidar com isso?

 Preparando as pessoas para um futuro cada vez mais digital. Qualificando-as e requalificando-as para que elas estejam preparadas para se ajustar e se adaptar constantemente.

 Como se preparar para a transformação digital?

 Podemos começar por 3 pontos:

 1.    Pense nas pessoas em primeiro lugar: 

 Ah, mas a tecnologia vem para substituir as pessoas!

 Será?

 Tecnologia é sempre sobre fazer mais com menos. Talvez alguns trabalhos ficarão obsoletos, mas outros irão surgir. É preciso pessoas para criar e trabalhar neles, ou seja, mentes criativas e disruptivas serão sempre necessárias. 

A inovação mais brilhante será irrelevante se nós não formos qualificados para usá-la.

 2.    Foque nas habilidades comportamentais

 Sim, sabemos da importância das habilidades técnicas e como o mercado de recrutadores está aquecido mundialmente para analistas de cibersegurança, engenheiros de software, analistas de dados, entre outros.

 Porém, não queremos cair no equívoco de “contratar pela competência técnica e demitir pelo comportamento”.

 E como ninguém sabe quais são as competências técnicas do futuro, é melhor investir em pessoas que tenham potencial para aprender e aplicar essas competências no dia a dia.

 Selecione pessoas com alto potencial de aprendizado. Que tenham fome de aprender. Adaptáveis, Curiosas, Flexíveis. E, então, alinhe os interesses dela com competências técnicas que a sua empresa precisa.

 Aviso! Isto não é uma estratégia de curto prazo, é preciso investir no longo prazo sabendo que todas as competências técnicas são facilmente copiadas, enquanto que, “pessoas com fome de aprender” serão o diferencial da sua empresa.

3.    Busque agir a partir de insights de dados

 Inteligência artificial, deep learning, machine learning, robótica são todos avanços poderosos na área da tecnologia.

Mas o que vai ser relevante nas organizações do futuro é uma CULTURA ORGANIZACIONAL GUIADA POR DADOS, como temos na Amazon, Google, Facebook, etc.

 Há muitas empresas que já usam softwares de ponta, porém não sabem utilizar os dados de maneira estratégica. 

Ah, então eu contrato alguns cientistas de dados e o meu problema está resolvido.

Não é bem assim. Um cientista de dados que não busca aprender sobre o mercado que está inserido, não consegue comunicar e influenciar os líderes e a organização para agirem de acordo com os insights dos dados, não resolverá o seu “problema”.

A habilidade de traduzir os dados em insights significativos para a empresa e, acima de tudo, AGIR a partir deles deve estar na cultura e no comportamento de todos na empresa. 

"Dados sem insights e insights sem ação são perda de tempo para a organização."

Em suma, a transformação digital começa investindo em pessoas com fome de aprender e curiosidade para analisar, explorar, conectar e agir de acordo com dados.

As competências técnicas podem ficar obsoletas, mas a chave da gestão na era digital é MANTER A CURIOSIDADE INTACTA!

Obrigada por ter lido o meu artigo até aqui! O que você achou? Eu vou adorar saber a sua opinião sobre esse tema nos comentários:)



Ricardo Campanher

Diretor Presidente na Campanher Manutenção e Montagem de Caldeiras

4 a

Muito atual, real, parabéns.

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