Transformação Digital
Nos últimos dois artigos o tema foi como as novas atitudes podem ter um alto poder transformador para os negócios e para sociedade como um todo. Solidariedade de impacto e Inovação & Diversidade resumiram, nesta mesma ordem, os motivos e as áreas para se investir que resultem em melhora significativa para a vida das pessoas. O conteúdo deste artigo é sobre uma nova atitude. A Transformação Digital.
É visível como a tecnologia e a capacidade de processamento de dados, compactada em aparelhos cada vez menores, aumentaram, exponencialmente, tanto a forma de inovar, de entregar soluções, quanto o seu alcance. O que ficava muito circunscrito ao poder de transmissão de dados one way, dados em suas diversas variações e formas, ganha novos vetores ainda mais significativos:
- Plataformas de transações digitais, que organizam e otimizam ecossistemas desenvolvidos no mundo físico para dar solução às necessidades existentes e desejos ainda latentes;
- Dados analisados em tempo real, gerando diagnósticos, prognósticos e recomendações;
- Conteúdo relevante para auxiliar a jornada de cada um dos agentes do ecossistema, de fácil entendimento, no momento e formato de sua necessidade;
- Aparelhos com interfaces com usuários cada vez mais amigáveis, preços mais acessíveis, telas de toque e uso intuitivo. As crianças que o digam. Bem como IoT (internet of things), conectando "coisas" com a web sem interferência humana;
- Cobertura das redes de telecomunicação para acesso a internet, sua progressiva interiorização e redução de custos em comparação com o passado recente.
Cleber Morais, diretor da Amazon Web Services, serviço de nuvem da Amazon no Brasil fez o seguinte comentário: - “A crise atual fez mais do que acelerar o processo de digitalização das empresas: ela está obrigando as companhias a reverem sua gestão, processos e sistemas para passar por uma verdadeira transformação. As empresas que não se incluírem nesse processo talvez não sobrevivam no curto prazo.”
Sim. Talvez a Amazon Web Services seja parte interessada neste caminho digital, mas não dá para negar o sucesso de plataformas como Netflix, Uber e Mercado Livre. Bem como, o impacto que causaram nos respectivos setores de atuação. São ecossistemas que uniram o que há de melhor não só no digital, mas também em logística e soluções para seus clientes.
Luiz Norberto Paschoal, chairman do conselho da CDP, chama este novo jeito de pensar e pôr em prática de BioSmart . Ou seja, ser BioSmart é colocar à disposição o que há de melhor das potencialidades do ambiente digital e de processamento de dados (sim...com inteligência artificial embarcada), para realizar projetos e entregas no mundo físico, somado as capacidades exclusivas do ser humano, tais como: criatividade, empatia e relacionamento interpessoal. Portanto, é mais que um conjunto de habilidades. É a maior transformação ocasionada pelo uso da tecnologia.
Um exemplo prático deste efeito transformador em nosso dia a dia são as redes sociais. Pois, podemos ser contra ou a favor, mas o fato é que elas deram novo sentido para o ócio “produtivo”, democratizando a exposição de imagem e opiniões, fazendo que mais e mais pessoas as utilizem e deem crédito a elas. Raro hoje é conhecer alguém que não faça uso ao menos de uma delas. Há muitos já usando como importante ferramenta de negócios, mesmo ainda com interações básicas.
Cabe aqui parenteses para um outro importante efeito das redes sociais: o novo boca a boca. Pois, mais do que você falar bem de você mesmo, nos modelos das propagandas tradicionais, o efeito quando os outros falam bem de você é muito maior. Assim, sob a ótica empresarial, a existência deste meio, permite que micro influenciadores advoguem de forma gratuita e bem intencionada devido as boas experiencias que obtiveram. Não é o melhor dos mundos? Dar voz e audiência ao propósito do empreendimento, por um custo menor e com maior resultado para sua reputação? A partir de um para um, passando para os grupos sociais relevantes, em seguida, irradiando uma visão positiva e uma atitude favorável à empresa e suas marcas para todo o mercado?
Agora, voltando e sem perder de vista os dois artigos anteriores, a transformação digital, sem dúvida, irá viabiliza os nossos sonhos. E em especial, a inovação aplicada aos projetos de solidariedade de alto impacto. E serão as soluções BioSmart que construirão plataformas e ecossistemas mais eficazes para entrega de soluções complexas e abrangentes, amplificando tanto as ações, quanto o reconhecimento delas, aglutinando aqueles que se reconhecem no propósito e que estão dispostos a por a mão na massa e/ou financiá-las.
Independentemente da nossa vontade, o mundo e as pessoas caminham nesta direção. Porém, para que sejamos cada vez mais Smart, é importante que sejamos ainda mais Bio: criativos, empáticos, hábeis no relacionamento pessoal e, principalmente, solidários.
O passado nos ensina, o homem de Neandertal, embora mais forte e com cérebro maior, sucumbiu ao homo sapiens, por conta das habilidades sociais deste grupo ( livro: Sapiens- Uma breve história da humanidade por Yuval Harari). Será que não acontecerá o mesmo comigo se não me tornar BioSmart, rapidamente?
Bom, eu já comecei minha jornada de transformação, ao menos para ser mais Bio. E você? Já começou a sua?