Transformação Digital | Uma questão de ordem!

A transformação digital é agenda das corporações de todos os tamanhos. No entanto, existem aplicações de robôs de forma indiscriminada, somente com intuito de surfar nas ondas das novas tecnologias, seguindo o viés do medo de ficar obsoleto e consequentemente pouco competitivo. Na verdade, ainda pouco se sabe sobre robotização e muita gente me pede explicações. Então, resolvi escrever esse pequeno artigo para nivelar algumas informações.

Para quem ainda não sabe, automação de processo por robô ou RPA (Robotic Process Automation) é a simples automação de processo por softwares de robótica. Esses sistemas simulam a interação humana na execução de uma ação profissional, podendo comunicar-se com outros sistemas digitais.

No mercado existem alguns softwares de RPA pagos e outros gratuitos. Isso possibilita que qualquer empresa se arrisque no universo de transformação por RPA com excelente performance, a exemplo do Selenium e Workfusion.

E qual a real utilidade do RPA?

• Atuar em um amplo espectro de atividades;
• Processar atividade repetitivas;
• Realizar processo de forma intermitente;
• Automatizar rotinas com árvores de decisão ou regras de negócio já definidas;
• Tratar grandes volumes de dados;
• Compliance de processo - por reduzir ou eliminar o trabalho manual;
• Proporcionar a retenção de conhecimento da atividade;
• Aumentar a escalabilidade dos negócios sem aumento de recursos;
• Melhorar processo com alta taxa de erro, dentre outros

É tarefa fundamental para um processo de robotização corrigir e padronizar processos, do contrário o robô errará em lotes e não serão colhidos os frutos desejados. Portanto, a fundação deverá ser sólida. Outra questão importante é a governança e segurança das informações - por isso as áreas de negócio e de TI precisam andar lado a lado.

Para promover a transformação digital, precisamos de equipes com novas atitudes, possibilitando que as empresas deem saltos de qualidade nas atividades, com quebras de paradigmas, saindo do operacional para o analítico. Para conquistarmos resultados eficazes, precisaremos, por vezes, construir um novo modelo de processo de forma colaborativa, ou mesmo sugerir revisões de estrutura organizacional.

Vejam que muitas vezes o processo de robotização, apesar de trazer grandes benefícios, poderá escamotear em esconder a ineficiência de uma área ou departamento. Um excelente case é a análise das empresas de telefonia, que deveriam urgentemente revisitar os seus processos de atendimento ao cliente. Essas empresas criaram robotização sem nenhum foco no consumidor final já que o robô aceita uma única resposta. Quem trabalha no ramo percebe claramente que o foco é exclusivamente a redução de custo, sem agregar valor ao negócio de forma consistente. As empresas não conseguiram entender que o maior bem de qualquer empresa é o cliente.

Após esse bate papo, você já consegue pensar em quais atividades podem ser automatizadas no seu negócio ou processo? Você que é profissional da área tributária, seja advogado ou contador, está preparado para os novos desafios?