Transformar a ansiedade em arte
Desde 2021, eu nunca mais fui a mesma - mesmo sendo um pouco peculiar.
Nunca tive ansiedade, mas desde então... Tornou-se frequente em minha vida e claro, estou tentando lidar e sobreviver com isso da melhor maneira possível.
Desde criança, sempre fui criativa e um pouco solitária - o que não era problema algum pra mim, e fiz da minha solidão a minha melhor companhia e a transformei em arte - desenhos e mais desenhos. - Alguns croquis que desenhei.
Infância e juventude atípica
O ano era 1996, primeiro ano escolar e tudo era novidade. Lembro-me até hoje do primeiro dia da escola e das criaturas, que eu seria obrigada a conviver.
Um belo dia, voltando da escola e colocando na TV Cultura, estava passando um desenho "Peter, the rabbit"! Foi amor à primeira vista e tudo ali me fez sentir de tudo um pouco: feliz, segura e curiosa.
Acredito que meu amor pelas artes e pintura, foram inspiração do desenho e demais animações também, como o desenho "Anastasia", aquele filme baseado nos Romanov, que fizeram de Putin, um vilão - sendo que na vida real, ele era apenas próximo da família e, aparentemente, teve um caso com a mãe Alexandra.
Comecei a fazer alguns "rabiscos" e acabei desenhando vários vestidos e às vezes, desenhava mansões - sim, mansões. Meus desenhos eram diferentes e isso chamava a atenção de muitos professores e até familiares.
Entre 10 e 11 anos, desenvolvi fascínio por poemas e poesias. Tínhamos aulas de literatura na escola e era uma das minhas favoritas! Depois, artes e história! Em 2001, estava na quinta série e foi quando desenvolvi paixão pelo idioma inglês.
Aos 10 anos, comecei a assistir séries americanas que antes passavam no SBT e consequentemente, na Warner Channel. Uma das minhas séries favoritas da época e até hoje, eram: Gilmore Girls, Smallville e The O.C (meados de 2003).
Comecei a praticar o idioma escutando algumas bandas como: Guns N' Roses, Metallica, Iron Maiden, Red Hot Chilli Peppers, Nightwish e Within Temptation - dentre outras do estilo gótico e heavy metal.
Muito do que eu sei, foi graças a Deus, primeiramente - pelo dom de aprender muitas coisas sozinha - e ao entretenimento, música e séries, e filmes!
Minha infância e juventude, foi cercada de livros, revistas com letras musicais/tradução de música e desenhos - um universo somente meu entre fantasia e realidade. A fantasia foi uma grande e carinhosa companhia em minha infância e juventude.
Aos 13, escrevi meu primeiro livro - totalmente à mão, que na época tinha em torno cem páginas. Era inspirado no universo de Senhor dos Anéis, Harry Potter e Tristão e Isolda. Lembro-me de tudo e que inclusive, uma das minhas primeiras leitoras, foi uma aluna nova no meu colégio em 2006!
Infelizmente, perdi o livro e pretendo escrever a mesma história, porque eram muitos detalhes e diálogos que lembro até hoje. O que me dói, é que era um livro escrito à mão e sendo sincera, a minha letra era (ainda continua), uma das coisas mais lindas e detalhe: nunca precisei do caderno de caligrafia.
Sempre fui uma "criança e jovem vintage", que se pudesse eu viveria facilmente entre os anos 1542 (época em que a Rainha Mary nasceu) e 1912 (sim, a era do Titanic, meu vício).
A solidão aos 12 e a criatividade
Na escola - uma época amarga da minha vida - eu era sozinha e decidi ser sozinha, por opção.
As meninas naquela época tinham uma visão: namorar, quermesse e competir pra ver quem usava o uniforme mais agarrado ou quem era a mais insuportável.
Eu, criada por uma família portuguesa (parte de pai) e um ciclo que envolvia: poloneses, japoneses e libaneses, tinha uma outra visão da vida - sim, naquela idade e mamãe, é testemunha.
Por ser "diferente", foi bem difícil cultivar amizades, exceto com uma menina chamada Aline, que até hoje têm um espaço especial em meu coração e que inclusive, mora na África e está casada. Acredito que virou missionária ou algo do tipo - ela é uma das preciosidades.
Admito que por um tempo entre 12 e 13, queria ter amigos, mas quando ia para a escola, mudava de ideia - quase ninguém me surpreendia ou estava no mesmo patamar que o meu - sigo sendo seletiva até hoje!
Durante a minha solidão, encontrei a minha vocação: escritora. Naquele momento, todo sentimento era transformado em história ou poema. Na época, eram poemas ou poesias. Quando meu coração estava triste, era um desenho ou ilustração.
O desenho conseguia me teletransportar para lindos bailes ou apenas paisagens - e aos 13, tive aulas de pintura (tinta à óleo). Meu primeiro quadro - inclusive, era o que meu pai amava - foi uma casinha no meio do nada e na época, todos ficaram espantados com o meu talento.
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Entre 2020 e começo deste ano, dediquei meu tempo livre para escrever e desenvolver demais habilidades, profissionais e pessoais, arrisquei o idioma russo, que no mínimo que eu sei é:
"Privet, kak dela"
"Ya, tebya lyublyu"
A pandemia trouxe alguns lados positivos como: novos amigos, novo emprego e relacionamento.
TikTok, foi o destaque de 2020, sendo uma das plataformas mais famosas e ótima para entretenimento, mas consome muito o tempo e decidi investir a maior parte do meu tempo, aprendendo algo novo na minha área de marketing e também outros assuntos como psicologia, ciências e história.
A ansiedade vai e vêm, e para não ficar presa em meus próprios pensamentos e preocupações, eu prefiro escrever ou ocupar a mente com estudos, workshops - tudo para evitar que meu coração dispare ou que eu adoeça mentalmente e fisicamente.
Quando estou muito inspirada e com "dedinhos mágicos", gosto de investir o tempo praticando as minhas habilidades artísticas e técnicas de desenho.
Em 2021, desenhei algo mais artístico - porta retrato - de um dos meus influencers favoritos: Dixie D'Amelio e Chase Hudson.
Minha mente vive em modo criativo, o que pode ser bom, mas ao mesmo tempo cansativo.
Ao invés de reclamar que não consigo dormir, aproveito o momento coruja, para escrever alguns tópicos e ideias para um próximo livro ou até mesmo organizar as finanças e questões pessoais.
Mês passado, em uma madrugada de Junho, entre sábado para domingo, escrevi um livro - sim, um livro pequeno... Mas nem eu acreditei.
Ironicamente, foi na madrugada em que o submersivo da Oceangate, desapareceu - triste e interessante coincidência.
Estava muito inspirada, tinha assistido Titanic e alguns documentários - amo tudo de época e também sou apaixonada em transatlânticos. Cruzeiros, não me atraem e não gosto da estética, é como se fossem apartamentos gigantes com varandas personalizadas - em suma, não gosto de nada moderno.
Recentemente, publiquei o livro na Amazon (link abaixo) e está disponível no Kindle! O preço está bem acessível e tenho a versão em PDF, para amigos de confiança e pessoas que eu amo.
O livro contém 60 páginas e foi escrito em um dos meus altos picos de ansiedade e criatividade. Comecei escrever o livro às 1:00 da manhã e terminei às 9:00! - sem parar.
Quando sentir-se sozinho(a) ou vazio(a), pense em algo que gostou caso tenha algum hobbie, pratique - tente ocupar a mente com algo positivo, algo que seja bom para o coração e o intelecto.
Dias ruins podem acontecer, mas lembre-se: não é uma vida ruim, é apenas um dia ruim.
Caso você esteja sozinho(a) e goste da sua solidão, está tudo bem! Mas caso esteja sentindo solidão, procure por algo novo e talvez conhecer pessoas que agregem algo em sua vida ou talvez uma distração, algo novo.
E caso ame leitura, eu recomendo meu último lançamento, disponível no Kindle e na Amazon, e também no Wattpad.
O título do livro é: "Meu coração encontrado no oceano". (link disponível logo abaixo)
Sinopse:
Catherine, sempre teve atração pelo antigo e aversão ao mundo moderno e novas tradições.
Ela sempre amou viagem ao tempo e estuda sobre o universo, física e história, em seu tempo livre. Desiludida com a realidade e sem esperança de encontrar alguém que compartilhe das mesmas coisas, Catherine, ocupa seu tempo com estudos, pintura e escrita.
Quando a ansiedade aumenta, ela coloca seus fones e gosta de fazer longas caminhadas, assim como Elizabeth, de Orgulho e Preconceito.
Em uma das suas caminhadas matinais, ela acaba se deparando com uma mulher misteriosa, que parece estar intrigada e interessada em compartilhar um segredo com Catherine.
Catherine, gentil como sempre, resolve dar atenção aquela mulher e de repente, tudo acontece.
De repente, a vida de Catherine está destinada ao tempo e ela finalmente poderá realizar o seu sonho: voltar ao tempo.
(***)
Faça um chá, sente-se ou deite-se na cama (como preferir) e hora de fazer aquela pausa e que tal... Uma viagem ao tempo? Hora de fazer as malas e viajar nesta outra realidade.
Obrigada pela leitura!