Transportes e Alimentos pressionam IPCA em outubro

IPCA sobe 0,45% em outubro. É a maior taxa para o mês desde 2015.

O resultado de outubro registrou leve desaceleração ante variação do mês de setembro, quando havia apresentado inflação de 0,48%. Com esse resultado, o índice de preços acumula alta de em 12 meses até outubro de 4,53%, permanecendo marginalmente acima do centro da meta de inflação (4,5%). 

Em relação ao mês anterior, entre os 9 grupos que compõem o indicador, todos apresentaram variação positiva. O destaque ficou a cargo do desempenho de Transportes (+0,92%) e Alimentação e bebidas (+0,59%), que, juntos, corresponderam por cerca de 70% do índice do mês.

Nos 10 meses decorridos até aqui, a trajetória do IPCA foi marcada por uma relativa aceleração da inflação frente ao desempenho de 2017. Ainda assim, as expectativas encontram-se ancoradas, restringindo as margens de aceleração da inflação. 

A despeito de pressões de custos, o repasse ao consumidor segue bastante contido. Isso, pois o hiato do produto na economia brasileira segue negativo, com ampla ociosidade. O pouco que se enxerga de melhora no mercado de trabalho pode ser, como temos destacado, creditado a empregos de pior qualidade, logo de baixa remuneração, e de um desalento constante. 

Nesse contexto, as pressões de alta sobre o índice de preços são baixas. Contudo, a evolução do cenário depende especialmente do cenário externo, como apontado pelo Copom, e das expectativas relativas à aprovação das reformas.

Leia o comunicado do IBGE, clicando aqui <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/22927-ipca-foi-de-0-45-em-outubro>.

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