TRECHO DO LIVRO: GERENCIAMENTO DE CRISES CORPORATIVAS - Construção dos Planos de Contingência, Emergência, Recuperação de Desastre e Gestão de Crise
“... 2.2.1 – Construindo os Planos
A internet hoje fornece aos interessados em elaborar Planos de Emergência vários modelos de Planos de Emergência que pode ser utilizado em empresas dos mais diversos modelos de negócio.
A maior deficiência não esta no modelo que a equipe de Gerenciamento de Crise esta utilizando, mas sim na quantidade e qualidade de informação contida neste plano. Para a elaboração deste trabalho, o autor estará relatando algumas experiências profissionais vivenciadas e identificadas como uma grande deficiência. Durante o trabalho de consultoria, muitas empresas reduzem o escopo de um projeto de elaboração de planos de emergência e planos de contingência por diversos motivos – os mais comuns são a falta de tempo e a falta de orçamento. Geralmente a empresa esta passando por algum processo de certificação ou auditoria e limita o escopo do projeto simplesmente para atender a solicitação de um auditor. Esta atitude geralmente é descoberta quando um incidente atinge a empresa e o impacto é extremamente alto. No ano de 2010, muitas empresas sofreram devido a uma grande estiagem com incêndios em suas dependências ou em seus vizinhos. Felizmente, até o mês de setembro, nenhum incêndio em empresa causou vítimas na empresa, vizinhos ou profissionais de emergência. Mas o patrimônio teve perda total. Por mais que uma seguradora reembolse o valor, qual será o impacto que esta empresa sofreu em sua imagem, financeiro e em sua operação? Por que a Brigada de Incêndio, conseguiu apenas retirar as pessoas e não conseguiu extinguir o principio de incêndio? Esta pergunta certamente ficará dentro da empresa e dificilmente o público terá acesso a esta informação.
A falta de envolvimento de TODOS os colaboradores ou ao menos uma grande parte, contribui para que no momento inicial de um incidente a grande maioria das pessoas não sabe o que fazer.
Os Planos de Ações Emergenciais e Planos de Contingência precisam ser escritos com uma linguagem que qualquer pessoa dentro da empresa, saiba segui-lo sem grandes dificuldades. A linguagem utilizada deve ser a mesma utilizada no dia-a-dia da empresa. Todos precisam saber quem Gerencia uma Crise, onde é o ponto de encontro, quais os toques de alarme a empresa utiliza, quem deverá ser acionado, quais os órgãos públicos que precisam ser acionados imediatamente – em um evento de vazamento de amônia por exemplo. Enfim, precisa haver um equilíbrio em quantidade e qualidade das informações contidas nos Planos elaborados pelas equipes.
É extremamente importante que sejam convidados para as entrevistas de elaboração dos Planos, representantes de cada setor do nível operacional, supervisão e gerencial. De preferência para os profissionais com mais tempo de casa e com experiências em outras empresas. Cabe ao entrevistador, obter o máximo de informação possível sobre o perfil das pessoas que trabalham na área em questão e também fazer uma visita ao local para ficar mais fácil a visualização do ambiente ao qual ele esta “protegendo”.
Muitos consultores de segurança realizam a construção dos planos com base em suas experiências anteriores, sem entrevistar os colaboradores e sem conhecer o local da empresa. Este tipo de metodologia faz com que o plano entregue não seja funcional em algum tipo de incidente, devido a cultura das pessoas ou a realidade da empresa. Geralmente estes planos são esquecidos e utilizados apenas para mostrar a um auditor.
Alinhar todas as estratégias de resposta a incidentes com a realidade de cada empresa é a principal missão dos Gerentes de Crise. Se todo Gerente de Crise seguir esta primeira lição, a deficiência de aproximar os Planos de Emergência com cada colaborador estará sendo realizada de forma simples e objetiva. Neste caso, pode-se seguir um velho ditado popular que diz “o ótimo é inimigo do bom”, ou seja, muitas vezes tenta-se alcançar um nível de qualidade que jamais será alcançado, deixando assim a empresa e seus colaboradores desprotegidos. ...”
#Staysafealways
Ricardo Giovenardi é especialista em Inteligência Competitiva, Estratégica & Antiterrorismo pelo IMI Academy for Advanced Security & Antiterror Training em Israel , Gerenciamento de Crises para Grandes Eventos – no The Advanced Law Enforcement Rapid Response Training (ALERRT) e SWAT de Miami DADE. Instrutor de armamento e tiro credenciado pela Policia Federal do Brasil, formado em Processamento de Dados, MBA em Gestão de Tecnologia da Informação e Internet e Pós-graduação em Gerenciamento de Crise – Emergência e Desastre. Certificado pelo BCI – Business Continuity Institute. Atuou em projetos de segurança e gerenciamento de crises em empresas de diversos segmento no Brasil e exterior. Foi responsável pela elaboração das estratégias de contingência e gerenciamento de crises para um grande patrocinador da COPA DO MUNDO FIFA BRASIL 2014. Palestrante no curso de Inteligência Estratégica na ADESG Campinas - disciplina de Gerenciamento de Crises e Continuidade de Negócios, professor universitário e autor do livro Gerenciamento de Crises Corporativas.
Acesse o site: www.bcm-brasil.com.br
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7 aOlá Ricardo! Já lí esse seu livro. Muito bom. Parabéns!