Trilhas de carreira: como desejar um plano de ação factível
Há algumas semanas, recebi de uma mentoranda uma mensagem de agradecimento pelo insight que, segundo ela, mudou a sua vida. Costumo brincar que durante as consultorias entro num estado de flow tão grande, que as palavras ganham vida própria. Talvez por isso esta frase, que tinha passado tão despercebida de mim mesma, tenha feito tanto sentido para ela.
A frase era: “substitua a ideia de planejamento por plano de ação”. Parece simples, certo? No entanto, quando lhe perguntei o porquê de essas palavras terem sido tão significativas, ela me disse ter sentido “uma virada de chave” em sua mente. Decidi, então, compartilhar um pouco da nossa sessão de consultoria a fim de, quem sabe, ajudar mais pessoas.
Para muitas pessoas, planejar a própria carreira é um imenso desafio. Para outras, planejar é até fácil, mas, agir de acordo com o planejamento, vixi... Isso já é outra conversa. Em ambos os casos, falta justamente a percepção de que planejar precisa ser, antes de tudo, traçar no papel um caminho, certamente flexível, mas que guie seus passos. Esse caminho, senhoras e senhores, é um plano de ação. A mudança do termo (de planejamento para plano de ação), por si só, não faz muita diferença. O grande ponto está quando entendemos que o plano não pode ser abstrato para nós mesmos, pois é a partir dele que devemos agir.
Ainda não está muito claro? Permita-me, então, fazer uma analogia que pode ilustrar melhor tudo isso.
Você se lembra de quando você aprendeu a dirigir para tirar a sua carta de habilitação?
Você aprendeu que, antes mesmo de dar a partida no veículo, era necessário: ajeitar o banco, olhar os retrovisores, colocar o cinto, ligar o carro, colocar a marcha e descer o freio de mão. Provavelmente, hoje em dia, isso já está automatizado para você, não é mesmo?! Afinal, o mais importante sobre dirigir é saber aonde você quer chegar e quais caminhos são possíveis para que isso aconteça. No entanto, são esses pequenos conhecimentos básicos sobre como um carro funciona que nos permitem dar a partida de maneira correta.
Do mesmo modo, com a nossa carreira, é importante que criemos o hábito de pensarmos sobre o que nos faz colocar um plano de ação em desenvolvimento. Primeiramente, precisamos “ajeitar o banco”, isto é, entender de que maneira conseguimos alcançar o ponto que nos permite seguir em carreiras adequadas para quem somos.
Quais são as habilidades e as competências de que você precisa para chegar até onde você quer? Quais ajustes você precisará fazer? Em quanto tempo?
Em seguida, precisamos “olhar os retrovisores”, ou seja, entender quais cenários temos diante de nós, e como a nossa perspectiva sobre eles influencia nossas ações. Assim, você precisa se perguntar: quais oportunidades o cenário atual de mercado lhe oferece? Como você pode aproveitá-los ao longo do seu ano planejado de ação? “Coloque os cintos”: esteja preparado para possíveis acidentes, mas não os deixe tão justos de modo a não impedir seus movimentos.
“Ligue o carro e coloque marcha”: mova-se! Tire as suas ideias da mente e realize-as. Antes, porém, saiba quais são os seus objetivos, onde você quer estar daqui a um ou dois anos. Divida o caminho por etapas: semestres, meses e semanas. Parta do macro para o micro. Existem caminhos alternativos para chegar ao seu destino, mas é necessário prever ao menos um para conseguir sair do lugar. “Desça o freio de mão”: analise as possíveis crenças que impedem você de agir. Como você pode “baixar guarda” e seguir adiante? Busque meios para que isso aconteça. Estamos na era da informação. Use-a a seu favor!
Não se esqueça de que, como um carro, a sua carreira só se movimenta se estiver energizada, se você lhe fornecer as ferramentas necessárias para funcionar perfeitamente. Isso inclui permitir que o caminho se torne leve. Coloque metas gentis para si mesmo, sem se deixar levar pela autocondescendência excessiva.
Hoje trouxe essa analogia para que você se lembre de que “planejar” dirigir a sua carreira não serve de muita coisa se você não agir de acordo com o que sabe. Isso precisa ser tão factível e claro quanto os conhecimentos necessários para dirigir um veículo. Desenhe a sua trilha de carreira e tire-a imediatamente do papel! Coloque a sua carreira em movimento com consciência, estratégia e leveza. Como bem disse Leandro Karnal, “não é bom motorista aquele que apenas reage aos carros em sua direção. É um bom motorista quem consegue prever o que pode ocorrer, aquele que imagina o ponto final e pensa como chegar a ele”.
Gestor Sênior | Gerente Comercial | Gerente Operacional | Gestão de Pessoas
4 aExcelente artigo Mariana Daiello e esse comparativo serve também para outras áreas da vida profissional. Parabéns pelo artigo, muito bem escrito 👏👏👏👏👏👏👏
Executivo | Diretor | Gestão | Coordenação | Supervisão | Qualidade
4 aExcelente leitura!!
Palestrante | Especialista em Mercado da Longevidade | Profissional Multicarreira | Estrategista de Marca Pessoal | LinkedIn Top Voice | Especialista em LinkedIn | Marketing Digital | Consultor | Mentor
4 aParabéns pelo artigo, Mariana Daiello! Gostei muito da analogia do planejamento de carreira com o ato de dirigir. Ótima reflexão!
Fotógrafa especialista em fotografia de Família - Ensaios, aniversários, batizados; Fotografia de Eventos Sociais - Formaturas, casamentos; Fotografia Corporativa - Eventos Corporativos e Perfil profissional.
4 aSempre muito bom te ler 😊👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽 obrigada 😊
Tech Recruiter | Talent Acquisition | Tech Hunter | Analista Comportamental DISC Profiler | HMI | Orientação Profissional | Gente & Gestão | Employer Branding | Desenvolvimento Humano
4 aMariana maravilhoso artigo. 💞💞