Um mundo de possibilidades ainda inexplorável
Segundo o dicionário, limitar é um verbo transitivo direto que siginica "determinar os limites de; demarcar. Ex: Aquela cerca limita o terreno". Ao trazer essa definição para a vida real, compreende-se que os limites, além das fronteiras e das cercas, são também imposições mentais que bloqueiam possibilidades, ou até mesmo iniciativas para a concretização de novos projetos e sonhos. Mas se é algo que limita, por que criamos?
Existem crenças limitantes que estão enraizadas na mente humana. Elas são tão comuns que acabam sendo esquecidas. Esquecidas porque geralmente são tão certas, inquestionáveis e/ou confortáveis que nem precisam ser lembradas. Porém, quando existe disposição para a mudança, abrimos o baú das crenças. Pegamos aquela lá no fundo do canto esquerdo, toda empoeirada e... plim! Lembramos que ela existe e que tem um peso considerável na forma de sermos e agirmos. Nem sempre isso é tão claro, mas é aí que se encontra a importância das sessões de terapia.
Às vezes temos uma consciência limitada que diminui o nosso campo de visão e faz com que não busquemos além do que já é conhecido. Quanto mais curiosidade, mais riqueza de conhecimento. Imagine você entrando na maior biblioteca do mundo, em Washington D.C., nos EUA, com mais de 155 milhões de itens, entre livros, manuscritos, jornais, revistas, mapas, vídeos e gravações de áudio. Todos esse itens divididos nas mais diversas áreas do conhecimento. Em cada setor, um mundo de ideias. Em cada prateleira, um número de autores. Em cada livro, uma linha de pensamento e em cada página um nova contribuição. Ali se reúne a maior quantidade de autores com pelo menos uma característica em comum, todos pesquisadores.
Pesquisadores estão sempre se questionando, querem encontrar uma resposta e por isso iniciam uma pesquisa. Depois de muito estudo, publicam livros, dissertações ou teses. O mais interessante é que uma imensidão de assuntos a serem explorados estarão sempre a nossa disposição. Vez ou outra encontramos idosos se formando em Direito, Nutrição ou Administração. Para eles não existem barreiras que os impeçam de tentar. Ou melhor dizendo, essas barreiras já existiram, mas foram vencidas pela persistência e pelo forte desejo de realização. Falta de tempo e/ou dinheiro são sempre as mais comuns. Há pessoas que lutam por seus sonhos, mesmo que eles pareçam distantes demais. O que importa é apenas realizar. E eu lhe pergunto, elas estão erradas?
A boa notícia é que conhecimento nunca é perdido e sobrevive ao tempo. Além disso, quando estamos em constante aprendizado, permanecemos atentos e motivados. Essa postura exige disciplina, mas junto dela também existe crescimento e desenvolvimento. Há basicamente dois pensamentos capazes de nos limitar em relação aos estudos. Um deles é pensar que já sabemos o suficiente e que não há mais nada a aprender, outro é imaginar que não somos capazes de dominar uma nova língua ou área do conhecimento; ou porque somos velhos demais pra isso, ou porque não levamos jeito.
Tudo que existe no mundo físico um dia existiu dentro da mente humana. Desde os objetos mais simples até as construções mais engenhosas que a humanidade já foi capaz de criar. Temos a capacidade de dar forma aos nossos desejos internos, que podem ser os mais diversos possíveis, uma viagem, uma graduação, um carro ou até mesmo uma jantar. Realizar está muito além da imaginação. É preciso antes de tudo acreditar que é possível. Clichê, não é? Também acho. Mas é justamente a intensidade do querer que nos faz caminhar. Vemos pessoas em perfeitas condições de estudo sem estudar, e pessoas com poucos recursos dominando o assunto.
Mas o que as motivam tanto? Esse é um bom questionamento e não existe uma resposta única para essa pergunta. Cada um tem as suas aspirações. Os sonhos estão sempre atrelados aos sentimentos que a experiência poderá trazer. Quando nos permitimos enxergar além dos limites da nossa mente, percebemos o quanto a vida é plural, rica e empolgante. Mundos inexploráveis existem, e muitos! Mas antes de tudo é preciso estar disposto a explorar.
Já dizia Henry Ford, se você pensa que pode, ou se pensa que não pode, de qualquer forma você está certo. A escolha é sempre nossa e ela sempre afetará a nossa realidade. Ninguém nasceu falando, escrevendo e dominando ciências exatas ou biológicas. O caminho pode parecer longo, árduo ou inalcançável, mas desistir não acelera o processo e procrastinar não faz acontecer.
Headhunter | Diretor de RH | Diretor Administrativo | Executivo
4 aMuito bom, Carolina de Santi Ferreira! Você faz uma pergunta instigante: "Mas se é algo que limita, por que criamos?" Eu me atrevo a inverter a frase, para imaginar como nossa mente é inquieta e desbravadora: Por que criamos, se sabemos que há limites?