Um oceano de ideias: mergulhando para descobrir novas soluções
A melhor forma de ter uma boa ideia é ter muitas ideias.Essa frase do Linus Pauling, vencedor do prêmio Nobel, traduz a relação direta entre a criar e testar, um modelo dinâmico que ganhou força na ultima década com uso de metodologias para transformar o processo de captação de ideias e desenvolver protótipos de forma mais ágil e dinâmica.
A aplicação de conceitos de design foi transferida para o mundo dos negócios com o objetivo de pensar soluções “fora da caixa”. O chamado Design Thinking possibilita a compreensão do ambiente de negócios, apresentando alternativas inéditas e criando modelos altamente desejados pelos clientes. Tem como premissa a compreensão da necessidade real do cliente, orientar e criar soluções baseadas em suas demandas, desejos, problemas e pretensões, por meio de uma série de pesquisas, geração de ideias, protótipos e testes.
A ideia é mergulhar de forma impactante nas implicações do desafio, estudando tanto o ponto de vista da empresa quanto do cliente. Segundo especialistas, a metodologia propõe o equilíbrio entre o raciocínio associativo, que alavanca a inovação, e o pensamento analítico, que reduz os riscos. A proposta é posicionar o cliente no centro do processo para identificar suas reais necessidades.
No universo do marketing essa técnica tem sido cada vez mais aplicada. As mudanças do consumidor e suas demandas pedem respostas ágeis para garantir o existo de um projeto de marketing. Gerar ideias, testar e aprender, gerando um processo contínuo para a rápida evolução, desenvolvendo os projetos como sprints (ciclos ágeis de desenvolvimento que possuem duração curta).
Para isso é necessário primeiramente definir o alvo correto. Entender corretamente o desafio que busca resolver e posiciona-lo de forma clara e objetiva. Um problema não deve ser algo genérico, deve trazer um ponto claro de direcionamento. A definição do problema deve envolver as necessidades dos clientes e deve traduzir uma etapa da jornada dele.
O segundo ponto importante é permitir-se arriscar no processo. É algo que as organizações maiores precisam aprender com as Startups. Elas permitem-se falhar e toleram isso como um degrau para ir além. A partir de cada processo de erro, elas constroem aprendizado e conhecimento. “Falhe com frequência para ter sucesso mais cedo”, segundo Tom Kelley da consultoria IDEO.
Isso leva ao terceiro ponto, que é aprender rapidamente. O aprendizado faz parte do processo de criativo. A Amazon utiliza esse modelo. Segundo Jeff Bezos, fundador da empresa, foi através de ampliar o número de experimentos que conseguiram ser mais inovadores. “Reduzimos o custo de experimentar. Se você puder ampliar de 100 para 1000 seus experimentos, você dramaticamente amplia as inovações que produz.” Cada teste gera conhecimento.
O mundo digital exige essa agilidade. Para descobrir além da superfície, é fundamental mergulhar nas possibilidades e explorar pontos de vista diferentes. Existe um oceano de ideias aguardando mergulhadores dispostos a desvendá-lo.