Um passo à frente

Houve um tempo em que os profissionais tinham que se limitar, em grau de atuação, aos seus respectivos cargos. Nesse tempo, não “pegaria bem” um gestor oferecer ajuda ao seu subordinado, sua função era, e sem exceções, cobrá-lo dos resultados. Mas isso já não faz mais parte da realidade, pelo menos de quem está atualizado na mecânica corporativa atual.

Fugindo da zona de conforto, não quero ficar batendo na mesma tecla de como os gestores devem se comportar nas suas funções, mas em como todos nós devemos.

É muito fácil para um colaborador (seja qual for seu nível hierárquico) fazer todo o dia a mesma coisa e esperar uma promoção depois de 6 meses ou um ano. Se formos mais a fundo nisso, como eu particularmente gosto de tratar todos os assuntos, isso não serve somente para um colaborador.

Vamos analisar um exemplo: a caridade feita a alguém que precisa de uma cesta básica não é obrigação de ninguém propriamente dito, entretanto, muitas pessoas a fazem. Se a pessoa que precisa da caridade fosse depender de alguém que é obrigado a fazê-la, provavelmente morreria de fome.

Consegue entender a finalidade deste exemplo? Se todos fizessem somente o que é “próprio da sua função” ou “obrigação sua”, não haveria caridade alguma na terra. Enfim, para alguém fazer algo bom para o outro, é preciso sair da zona de conforto e agir “fora da sua função”.

Onde quero chegar com isso? Bem… se você acha que pode crescer como pessoa, e como profissional, fazendo somente o que está escrito em um papel como “sua função ou atribuição”, você irá se ver estagnado num pensamento antiquado, que, com o passar do tempo, vai te deixando para trás.

Quando meu filho nasceu, eu tive que ajudar muito minha esposa com as tarefas domésticas. Se eu tivesse me congelado na ideia de que aquilo “não era minha função”, eu perderia tudo o que aprendi nesse tempo. Hoje, por exemplo, aprendi a cozinhar e até peguei gosto por isso (rsrs).

A dica é: não se limite por coisas poucas, seja o amigo que se dedica mais, a pessoa que faz a caridade e o colaborador que está um passo à frente da sua carreira. Um passo à frente sim, talvez dois ou três, porque enquanto alguém está negando algo que não é da sua função, você está trabalhando para sua próxima ascensão.