Um pato no lago pode ter a ver com a sua carreira e eu vou te explicar

Um pato no lago pode ter a ver com a sua carreira e eu vou te explicar

Tem gente que é assim: por fora, demonstra que está tudo em ordem, mas, por dentro, está uma completa bagunça. Essa situação é tão comum que até ganhou status de síndrome: a 'Síndrome do Pato Flutuante'. Já ouviu falar? Na segunda edição da minha newsletter, Liderança Integral, compartilho com você reflexões sobre essa síndrome, tema de uma pesquisa realizada pela Universidade de Stanford, que pode atrapalhar a sua forma de liderar.

A Síndrome do Pato Flutuante

O termo criado pela Universidade de Stanford foi tema de um artigo da Forbes que alerta sobre o perigo de aparentar que “está tudo bem”, sem, de fato, estar.

“Você já viu um pato em um lago? Olhando de cima, parece que ele desliza tranquilo pela água. Mas, embaixo d’água a realidade é outra, os pés do pato batem freneticamente para ele se manter à tona.”

A verdade é que, nesse mundo cada vez mais definido pelas aparências, muita gente se disfarça para não ser “de verdade” com receio de não pertencer ou agradar. Viver de aparência e disfarçar a realidade, segundo especialistas, é um fenômeno psicológico cada vez mais presente no ambiente de trabalho.

Assim como os movimentos aparentemente tranquilos do pato escondem seu esforço frenético, os profissionais vivem o drama de esconder seus conflitos internos por trás de um verniz de sucesso, sem transparecer o que precisam renunciar.

Emoções caladas não somem, consomem.

Você já teve a oportunidade de ler “O Cavaleiro Preso na Armadura” de Robert Fisher? Se ainda não leu e quer viver seu caminho da verdade, recomendo a leitura. Por experiência própria, digo, emoções caladas não somem, consomem. O que represamos dentro, uma hora precisa sair.

Voltando à Síndrome do Pato Flutuante, ela gera sérios problemas para as pessoas, e, consequentemente, para o negócio, uma vez que os colaboradores, sem expressarem suas dificuldades, não recebem ajuda e perdem produtividade.

Reconhecer essa dinâmica é importante para promover um ambiente de trabalho saudável, onde todos se sintam à vontade para compartilhar suas preocupações e receber apoio.

No tsunami, o mar se cala e recua, mas apesar da calmaria aparente, é o sinal de que um desastre se aproxima. Assim como o tsunami, o corpo dá sinais. Segundo especialistas, a divergência entre a aparência externa e a realidade interna pode provocar ansiedade e insegurança e custar a sua saúde mental. Essa contradição é a realidade de muitas pessoas que se adequam a padrões (e expectativas) externos, e gastam tempo e energia se convencendo de que isso vale a pena quando, no fundo, o sucesso profissional depende do alinhamento da carreira com os próprios valores.

Cultura organizacional consciente

Estimular a cultura organizacional consciente que valoriza a transparência e a integralidade do colaborador ajuda a mitigar os efeitos da "síndrome do pato flutuante".

O texto propõe uma reflexão sobre a importância da autenticidade e da lealdade à essência na busca do sucesso no trabalho, e nos convida a repensar o que realmente importa em nossas vidas e carreiras, reforçando a importância de sermos fiéis a nós mesmos.

Considerando que, muitas vezes, o que vemos por fora não reflete a luta interna que muitos profissionais enfrentam para ter a coragem de ser quem eles são no trabalho.

Com o propósito de mitigar os efeitos da síndrome do pato flutuante e criar um ambiente de trabalho mais inclusivo, saudável e produtivo, compartilho com você 4 práticas bastante efetivas:

  1. Comunicação aberta: incentivar um ambiente onde os colaboradores se sintam à vontade para compartilhar suas dificuldades e sentimentos.
  2. Reconhecimento e valorização: reconhecer e valorizar as pessoas por quem elas são e pelo que podem oferecer em vez de focar apenas nas suas limitações.
  3. Apoio psicológico: disponibilizar recursos como aconselhamento psicológico ou programas de assistência ao colaborador para ajudá-lo a lidar com suas questões.
  4. Capacitação das lideranças: treinar os líderes para reconhecer os sinais da síndrome do “pato flutuante”, identificar os motivadores e oferecer o apoio necessário.

Bancar a máscara tem um alto custo. Uma hora, a ficha cai, e a máscara também, e você precisará enfrentar a sua realidade. A autenticidade e a verdade pedem passagem.

Pergunto: vale mais 'viver a verdade para viver de verdade' ou fazer sacrifícios para bancar uma aparência tão distante do seu ideal de sucesso no trabalho?

Waleska Farias Mentora de líderes, estrategista de marca pessoal, carreira e reputação.

Rodrigo Hogera

Conselheiro Consultivo | Consultor & Mentor Empresarial | Diretor Comercial no ramo Imobiliário | Liderança | Maratonista 42Km | Especialista em Vendas, Riscos, Contratos | Produtor de Conteúdos | +179mil Seguidores

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Obrigado pela rica partilha minha querida amiga professora Waleska Farias

João Casarri Neto

Desperte o líder que há em você. Atuo na construção de equipes mais engajadas e resilientes, preparando-as para os desafios do futuro. Liderança com propósito.

3 sem

Acredito que esse comportamento tem a ver com a máxima de que se você está nadando com os tubarões, não sangre, Waleska Farias. Esse é o principal motivo das pessoas não demonstrarem suas fraquezas.

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