UM ROLO COMPRESSOR CHAMADO GERAÇÃO Z

“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma" 

A pessoa que um dia disse essa frase, literalmente perdeu a cabeça. Há 225 anos, Antoine Laurent Lavoisier, era simplesmente guilhotinado, e pouco antes, em seu julgamento, seus defensores ouviram do tribunal francês a seguinte frase: “a França não precisa de cientistas".  

Pois bem, quem seria Lavoisier nos dias de hoje? Dias em que uma certa geração, denominada de geração Z, está emergindo e dominado o mercado, tanto de consumo quanto o de mão de obra. 

Essa geração, que personifica a frase dita por Lavoisier em um mundo que passa por transformações a todo momento e nos mais diferentes âmbitos: digitais, produtivos, intelectuais, científicos... pense em qualquer coisa e tenha certeza que essa coisa já passou, passa ou passará por alguma transformação.  

Lavoisier, nos dias de hoje, talvez pudesse ser um Growth de qualquer coisa. Sua cabeça certamente não seria cortada, mas seria muito bem aproveitada por uma Startup. Sua visão de transformar aquilo que já está em nosso convívio em algo novo ou inovador, seria dado como uma ação contemporânea e não lunática, como foi tratada há mais de 200 anos.  

Enfim, será que a frase dita por Lavoisier não deve ser tida como uma espécie de lema para essa geração Z? Posso até ir mais longe em meu devaneio: será que Lavoisier pode ser considerado o primeiro Z dessa geração de jovens transformadores?  

Quem são os Z`s da nova era?  

Só para situar geral sobre essa tal geração Z, esses são os nascidos entre os anos de 1995 e 2010 (nossa, será que sou apenas eu, ou você também já se pegou pensando o quanto é estranho ouvir que alguém nasceu depois dos anos 2000?).

Essa geração já representa 30% de toda população mundial e  aqui no Brasil eles já são 24 milhões, segundo dados da pesquisa Target Group Index do IBOPE, de 2019.  

Agora me peguei pensando: como será que essa geração se multiplica? Trinta por cento é muita gente. Será que eles são tipo Gremlins, que não podem ser molhados ou se alimentar depois da meia-noite que saem por aí se multiplicando? 

Opa, acho que agora fui muito longe na comparação, me perdoem os leitores nascidos após 1995. Mas se tiverem curiosidade, perguntem aos seus pais quem foram os Gremlins, ou melhor, deem um google e vocês entenderão essa minha tentativa de brincar com a proliferação da espécie.  

Retomando a contextualização sobre os Z's, essa é a geração que nasceu conectada à rede, que não conhece o mundo que não seja digital. A geração Z é uma geração que preza pela experiência, que gosta de vivenciar as situações e de tirar suas próprias conclusões e soluções.  

O pessoal Z são os famosos makers, literalmente fazedores: eles pensam, pesquisam, fazem e solucionam os próprios problemas e os problemas dos outros que vivem à sua volta.  

Pertencer a geração Z é ter uma visão totalmente conectada do mundo, é perceber que aquilo que hoje ainda é analógico tem grande potencial de se tornar digital, afim de facilitar e agilizar nas soluções de problemas e atender às necessidades de todos.  

Pois é meu querido amigo Y(millennials), meu querido amigo X e porque não os mais antigos baby boomers, os Z's são o futuro que estão aí para mexer com nosso presente, pense nisso!  

Se não pode com eles, aprenda com eles

Ok, tudo vai mudar, tudo vai se transformar. Eu não sou um Z, e agora o que será de mim e de meus crédulos do tipo: pagar as contas do mês só se for na boca do caixa, comprar pela internet é perigoso, conversar por aplicativo é besteira, rede social é para quem não sabe fazer amigos...  

Se você ainda pertence ao mundo analógico e desconfia das novas tecnologias, muito cuidado meu amigo – a geração Z vai passar por cima de você feito um rolo compressor.  

Mas não encare esse grupo de transformadores como membros de um grupo revolucionário que vieram para tirar o seu lugar. Nós, que nascemos bem antes de 1995, temos de aprender com esses “Lavoisiers” da era moderna.  

Eles, mais do que ninguém, sabem o significado e o poder de transformar e inovar tudo aquilo que já existe. 

Olhe ao seu redor. Se antes você enfrentava filas no banco, hoje o banco está na palma da sua mão. Se antes a única coisa entregue na sua casa era uma pizza, hoje tudo que você imaginar pode chegar até você sendo entregue por alguém guiando uma bike ou um patinete elétrico. Se antes para viajar você tinha que sentar na frente de um agente de viagens e aceitar todos aqueles pacotes que incluía tudo menos o conforto de curtir as coisas do seu jeito, hoje você é capaz de montar seu próprio pacote de viagens escolhendo os melhores destinos, com as melhores opções de preços e comodidades, tudo sem sair de casa, só com o poder de um clique.  

Viu o quanto tudo está mudando e se tornando mais ágil, prático e até mesmo econômico para todos nós?  

E sabe de quem é a culpa disso tudo estar acontecendo?  

Sim, a culpa é dos Z’s. Se não foram eles que mudaram essa relação entre mercado e consumidor, foi o mercado que se viu obrigado a mudar para atendê-los.  

Resumindo, ou você é um deles ou terá de entendê-los para se adaptar às novas tendências do mundo, pois daqui para frente nada será mais como era antes.  

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Prazer, sou Rafael Serpejante. 

Publicitário, redator, entusiasta do LinkedIn, e um eterno aprendiz e consumidor de bons conteúdos. 

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"Eu produzo para conquistar, produzo por um propósito: estimular você a ser mais do que pensa que é!"