Um storytelling perfeito: o vinho das montanhas mineiras
Luiz Porto contou a história de sua vinícola e do terroir da região com uma narrativa envolvente.

Um storytelling perfeito: o vinho das montanhas mineiras

“O universo do vinho falará em breve sobre os vinhos de inverno produzidos nas montanhas do Sul de Minas Gerais, um paradoxo de frescor no mundo tropical”. Foi com a reprodução de análise do enólogo e professor francês Alan Carbonneau, que Luiz Porto Jr, proprietário da Luiz Porto Vinhos Finos encerrou a apresentação sobre a vinícola mineira no dia 21 de agosto, na sede da ABS-RJ (Associação Brasileira de Sommeliers).

Luiz Porto guiou os participantes para uma degustação de vinhos das Castas Cabernet Sauvingnon, Syrah e Cabernet Franc, ao mesmo tempo em que contou a história da sua vinícola utilizando as ferramentas de um storytelling envolvente. Mostrou como a história de um legado familiar deve estar associada à percepção dos atributos da marca pelo consumidor.

“Na Luiz Porto nasce um vinho mineiro, com alma, espírito e a qualidade diferenciada do terroir do Sul de Minas. O nascimento de uma nova região vitivinícola encanta a todos que provam nossas safras, admirando a poesia de aromas e sensações que nossos vinhos são capazes de proporcionar”, complementa Luiz Porto Jr.

“O universo do vinho falará em breve sobre os vinhos de inverno produzidos nas montanhas do Sul de Minas Gerais, um paradoxo de frescor no mundo tropical”.

Localizada na cidade histórica de Tiradentes, em Minas Gerais, a Luiz Porto é a história de um legado e da paixão do fundador, que leva o mesmo nome da vinícola. No Sul de Minas ele encontrou todas as características para que suas mudas importadas da França, das expressassem ao máximo sua qualidade.

Cordislândia foi a cidade escolhida para o cultivo das uvas importadas de Bordeaux, na França, pela Luiz Porto, com o inovador método da inversão de ciclo. Na época da colheita as uvas são transportadas de madrugada para a sede da vinícola, em Tiradentes, há cerca de três horas de distância da cidade histórica mineira.

Vinhos com o frescor da Serra da Mantiqueira

Tradicionalmente associada à produção de café, queijo e leite, a descoberta das montanhas e vales do Sul de Minas Gerais como um terroir muito especial para a produção de vinhos, principalmente na Serra da Mantiqueira, passa pela bem-sucedida técnica da dupla poda.

Criada e expandida pelo pesquisador e produtor brasileiro Murillo de Albuquerque Regina, a dupla poda faz com que o ciclo da videira se altere, trazendo a maturação para o inverno. Estrategicamente, uma poda é feita em meados de agosto e a outra em janeiro. Com a segunda poda, no início do ano, o ciclo recomeça e a planta floresce em abril e maio. As uvas são, portanto, colhidas entre o final de julho e início de agosto.

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