Uma análise crítica da ilusória eficácia da recolocação de “executivos” em posições de alta e média gerência ...
Obviamente que para um profissional desempregado, o fato de ter seus dados encaminhados para eventuais oportunidades aparentemente pode representar um atrativo interessante, porém, na verdade o coloca em situação de “produto ofertado”, cujo valor intrínseco passa a ser, no mínimo, discutível.
A ineficácia dessa pratica é mais evidente na medida em que se considere que o acesso aos bancos de currículo a “custo zero” é feito via internet, produzindo exposição pública de dados pessoais e abordagem pouco tradicional e superficial, não permitindo pesquisa mais detalhada e objetiva.
O que realmente agrega valor ao profissional é a orientação e apoio, a fim de que ele possa se recolocar mediante utilização de suas próprias potencialidades, tese que justifica a existência de empresas de "outplacement", que são contratadas pelas organizações que desligam seus executivos, visando proporcionar apoio técnico necessário durante todo o processo do desligamento até a recolocação final, ainda o "coaching" para desenvolvimento de carreira, cujo custo na maioria das situações é suportado pelo executivo determinam opções contributivas e profissionais, colocando o executivo frente a suas potencialidades e limitações, de tal forma a educa-lo na administração e superação de etapas, “estar no mercado sem se expor ao mercado”.
Isto posto, consideremos:
Quando uma empresa decide contratar um profissional para um cargo de média e alta gerência, é óbvia a necessidade de um perfil caracterizado por requisitos de cultura geral e técnica, através de entrevistas e analises de práticas comprobatórias, o que requer o desenvolvimento de um processo seletivo por profissional habilitado para sua execução, um processo de distribuição aleatória de curriculum na melhor das hipóteses cria expectativa para comparar experiência.