Uma Introdução aos Índices de Reajustes da Inflação
A inflação é um processo comum de aumento de preços de bens e serviços na economia. Basicamente as causas para os aumentos dos preços são: aumento da demanda, pressões de custos nos mercados, impressão de moeda. Ou seja, conforme a inflação sobe, a moeda perde valor. Então, é necessário um índice de preço para corrigir esse valor de acordo com estas diferentes causas de impacto geradas pela inflação anterior, como por exemplo a mudança de custo na construção civil.
Existem vários índices que medem a inflação no Brasil e são calculados e divulgados por várias instituições, tais como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre). Os índices mais usados são: IPCA, IGPM e INCC, que, apesar de todos terem o objetivo de acompanhar a variação de preços, cada um deles tem um propósito diferente. Vamos conhecer um pouquinho mais sobre eles.
O IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo é calculado pelo IBGE e é considerado o índice oficial de inflação do país. Ele mede os preços de produtos e serviços cobrados das famílias com rendimentos mensais de 1 a 40 salários mínimos, moradoras em regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Vitória e Porto Alegre, além dos municípios de Brasília, Goiânia e Campo Grande.
Os mais de 400 itens medidos fazem parte dos grupos: alimentação e bebidas, habitação, artigos de residência, vestuário, transportes, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação e comunicação.
O IGPM O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) é calculado pelo Ibre/FGV e verifica os preços no atacado, para o produtor (60% de peso no índice), no varejo, para o consumidor (30%) e no setor de construção civil (10%). Vale ressaltar que a pesquisa de variação de preços do índice é realizada apenas em sete capitais do país. Estas são: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Ele é conhecido como a “inflação do aluguel”, pois é utilizado para correção da maioria dos contratos de locação no país. Também é referência para a correção de preços do fornecimento de energia elétrica.
O INCC - Índice Nacional do Custo da Construção foi criado pela Fundação Getúlio Vargas (FVG) com o objetivo de medir a variação nos custos de construções habitacionais no Brasil. Ele foi o primeiro índice oficial de custo da construção civil. De modo geral, o INCC engloba todos os valores materiais, sendo eles: equipamentos, serviços e mão de obra. Com isso, o custo dos materiais se divide em três grupos: estruturais, instalações e acabamentos. O INCC é calculado com base nos preços pesquisados nas capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília.
É muito comum que, quando você vai comprar um imóvel na planta seja ele apartamento, casa ou terreno em condomínio fechado, esses índices apareçam como correção das parcelas e saldo devedor. Esta correção é necessária pois estamos falando de poder de compra do dinheiro, ou seja, o que seu dinheiro comprar hoje ele não comprará daqui há 4 anos, média de prazo que um empreendimento é entregue. Exemplo: se o poder aquisitivo do dinheiro hoje compraria um imóvel de 80m2 por R$400mil, daqui 4 anos esse mesmo imóvel não será construído com esse valor, logo, o poder aquisitivo do dinheiro será outro.
Dica importante: quando você adquire um imóvel na planta, cujo o pagamento que deve ser cumprido até a entrega gira em torno de 30% (entre entrada e parcelas), procure fazer o máximo de fluxo no ato da compra, pois, você terá menos saldo devedor sendo reajustado. Isso quer dizer que você garante uma melhor valorização.
Não pense que o vilão dos reajustes são os índices. O vilão é a inflação e você pode ter a oportunidade de ganhar capital em cima dela, então seja o mocinho.
Gerente Comercial na Nors | Gerente de Vendas de Caminhões Volvo
3 aShow Andreia, muito esclarecedor, obrigado!