Uma missão que ultrapassa fronteiras

O problema mundial da fome não se restringe à visível falta de alimentos: ele também ocorre quando o acesso se limita a opções pobres em nutrientes, o que faz com que as populações menos favorecidas fiquem mais suscetíveis a problemas de saúde.

Apesar de todos os avanços que já vivenciamos na agricultura, a fome vem aumentando desde 2014, ao mesmo tempo em que, em outro extremo da questão, cresce a incidência de obesidade em diversos locais.

Esse é o tema de um estudo divulgado nos últimos dias pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês). Segundo o relatório, se mantivermos esse ritmo, ainda estaremos lutando contra a fome na próxima década.

O documento também faz um apelo aos governantes para que sejam adotados métodos de produção que tornem mais acessíveis os alimentos nutritivos.

E isso se faz com conhecimento e tecnologia. Tornar o campo mais produtivo não é uma questão de competitividade mercadológica, mas, sim, um compromisso com o bem-estar da humanidade, independentemente de que parte do mundo ela esteja.

Temos à disposição ferramentas que não param de ser desenvolvidas, ligadas à tecnologia e à nutrição de plantas. É muito mais um direcionamento de ações para que elas sejam adotadas por um número cada vez maior de produtores.

No começo do século XX, o fertilizante foi a invenção que mais salvou vidas, poupando pessoas da fome no mundo. De lá para cá, a vida se transformou, mas alguns desafios seguem presentes. O agro também se transformou, e esperamos que os habitantes deste mundo possam, dentro de algumas décadas, analisar nossa época e concluir que fomos responsáveis pela erradicação de mais um período de fome no mundo.