Uma moto na mão ou uma dor no coração?
Confesso que pilotar uma moto não é minha grande paixão, acho que sou um pouco avesso a assumir riscos no trânsito, apesar desta prática estar arraigada à personalidade do brasileiro e supera em muito o instinto de sobrevivência que todos temos.
Espírito aventureiro, liberdade, velocidade, visão da natureza, rapidez, ganhar tempo, são alguns dos atributos que o motociclista gosta de alardear para demonstrar seu “amor” pela moto, sendo que para muitos é a realização de um sonho motorizado economicamente mais barato. Existe também a necessidade do trabalho realizado pelos motoboys e que longe de qualquer glamour é um trabalho que poucos topam fazer – arriscar a vida por uma entrega rápida.
A realidade nos mostra que este sonho pode se transformar em dor e isto é muito sério na nossa sociedade. Quando deixamos de colocar o foco no trânsito, transferindo-o para outros cenários, estamos assumindo riscos imensuráveis e que comprovam a estupidez humana, corroborando para a estatística de que em torno de 97% dos acidentes é causado por falha humana.
Temos uma frota de motocicletas em crescimento ascendente que entre 2008 e 2014, conforme dados do Denatran, cresceu 74% atingindo mais de 23 milhões de unidades, representando 27,2% da frota nacional de veículos. Infelizmente este crescimento também representa um lado triste com muitos acidentes, mortes e invalidez dos motociclistas.
Foram pagas 414.346 indenizações para a cobertura de invalidez permanente pela Seguradora Líder em 2014, um crescimento de 39% em relação a 2013 e vejam bem, representou 80% do total das indenizações no ano. Quando olhamos para a cobertura paga por morte tivemos 22.616 acidentes fatais neste período com motociclistas no Brasil.
Por que estes números são tão alarmantes? Em um ano quase 450.000 pessoas envolvidas em ocorrências que transformaram vidas, sejam das vítimas, dos familiares, dos amigos e dos outros envolvidos nos acidentes. Mas damos pouca importância para isto, preferindo ignorar o problema e continuar com as atitudes inseguras, contando sempre com a convivência de todos os envolvidos, bem como com a impunidade aos culpados que cooptam com uma justiça lenta e falha com os crimes no trânsito
Cabe aos motociclistas, sejam eles profissionais ou amadores, terem sempre atitudes preventivas, terem ações que visem a preservação da vida tendo uma conduta sempre proativa para a redução dos acidentes com motos. Muito mais que ter habilidades técnicas para pilotar uma motocicleta, é necessário ter a conscientização sempre em primeiro lugar, vontade de voltar bem para casa, de respeitar as leis e regras do trânsito, saber que apesar de ter em mãos um veículo de duas rodas que poderá proporcionar um ganho ilusório de tempo, o mais importante é viver, para que um sonho não seja transformado em dor, em lágrimas, em perdas de vidas e corações partidos para sempre.
Venha! Vamos conversar um pouco mais sobre como poderemos ajudá-los para economizar, conscientizar e treinar os motoristas da sua frota de veículos na prevenção de acidentes de trânsito através dos cursos de direção defensiva da Guiare.
José Geraldo Ferreira
Guiare Safe Drive
Visite o nosso site: guiaresafedrive.com.br