Uma revolução silenciosa: Sociedade 5.0
Publicado pelo Correio do Povo (Jaraguá do Sul) Juliano Heinzelmann Reinert, professor da Católica de Santa Catarina
Estamos entrando em uma nova era. Sem perceber, participamos de uma revolução silenciosa chamada “Sociedade 5.0” ou “Sociedade Super Inteligente”. Esse conceito –relativamente novo no Brasil, mas que já é realidade no Japão e na Alemanha - prevê um mundo cada vez mais conectado, em que pessoas, robôs e máquinas conviverão de forma harmoniosa, por meio de sistemas autônomos simbióticos.
A ideia de “Sociedade 5.0” vai além da busca por maior produtividade e eficiência dos processos com o auxílio de redes de internet, sensores e microchips. Trata-se da convergência de todas as tecnologias com o objetivo de melhorar a qualidade de vida. Ou seja, os sistemas inteligentes não são considerados “inimigos” do ser humano, e, sim, aliados para resolver problemas como: aumento da idade da população, limitação de energia elétrica, desastres naturais, segurança e desigualdade social.
Mas os dispositivos eletrônicos não vão evoluir e fazer, sozinhos, a sua parte pelo bem da humanidade. No mês de junho, ministrei, como professor da Católica de Santa Catarina, uma palestra sobre o tema na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Especialistas de diversas áreas falaram o que é preciso para acompanhar o avanço tecnológico, e a conclusão é simples: a verdadeira harmonia entre homens e máquinas só vai acontecer se cada cidadão contribuir, de fato, com uma sociedade mais evoluída.
Os empresários precisam planejar estratégias em longo prazo, para que seus investimentos não se tornem obsoletos tão logo a próxima tendência tecnológica surja no mercado. Os profissionais devem capacitar-se constantemente para se dedicarem a atividades que exijam criatividade - deixando as tarefas mais repetitivas para os robôs executarem.
Às autoridades políticas, cabe deixar de lado seus interesses pessoais e investir em infraestrutura, economia saúde, educação, cultura e tecnologia. Só assim o Brasil poderá crescer e deixar de ser uma nação que, ano a ano, vem deixando de ser competitiva.
Que tipo de sociedade queremos construir com a ajuda das máquinas? Fica aqui a reflexão.
Gerente de engenharia na ERZINGER
7 aMuito interessante seu artigo, parabéns! Tenho, lido e estudado muito sobre, IoT, Indústria 4.0 e outros temas relacionados. Confesso que ainda não havia percebido o contexto e mudanças sociais relacionadas; ajudou a ampliar o meu horizonte. Obrigado.