Uma vida além do 'faça o que você ama'

Uma vida além do 'faça o que você ama'

Semana passada fui convidada pela professora Daniela Spudeit a fazer um vídeo falando sobre a profissão para alunos do primeiro ano de biblioteconomia, na UDESC. Ela pediu que eu me apresentasse, falasse sobre minha formação, profissão, minha percepção sobre o campo de atuação e sobre o perfil profissional que o mercado e a sociedade desejam. 

Esse último pedido me inquietou um pouco e vou tentar deixar aqui meus cinco centavos sobre isso. 

Acredito que, se pensamos em desenvolvimento pessoal, o que o mercado e a sociedade desejam deve ser colocado em segundo plano. E isso é algo realmente difícil de se fazer.

O que costumamos fazer é nos equilibrar em uma profissão que nos dignifique e remunere ao mesmo tempo em que supre desejos pessoais que temos. 

Unir o útil ao agradável não é uma tarefa simples, trata-se sempre de um esforço de toda uma vida, de toda uma carreira. E quase sempre nos desequilibramos. 

"Equilíbrio entre vida e trabalho não existe. Tudo pelo que vale a pena lutar desequilibra sua vida" - Alain de Botton

Em meu blog, publiquei a tradução de um post que trata deste tema de forma mais aprofundada: "Uma vida além do faça o que você ama", por Gordon Marino para o New York Times. Quando nos dizem "faça o que você ama e não terá que trabalhar um único dia de sua vida", essa frase me soa perigosamente leviana, simplesmente porque queremos muito acreditar nela.

Mas a verdade é que nada, nem ninguém, vive de amor.

Infelizmente (?) não existe uma fórmula, uma receita de bolo que podemos replicar para que tudo sempre dê certo para todos igualmente. Somos humanos e erramos, mas também aprendemos - quando nos permitimos. E a vida é sempre mais complexa do que imaginamos. Mas segue o que tenho tentado empreender até então, no sentido de permanecer verdadeira à mim mesma e aos meus objetivos:

  1. Manter uma perspectiva otimista. Eu sei que vou errar. E tudo bem, é só seguir em frente e estar preparada para aprender. Manter essa perspectiva é sempre um processo de dentro para fora e precisa ser exercitado. 
  2. Técnica e competência são vantagens competitivas interessantes, mas não são as únicas características necessárias. Não é o mercado, mas a própria vida que nos exige uma postura diante das situações e isso é algo que acabamos desenvolvendo com tempo e maturidade.
  3. Jogo de cintura é o tipo de coisa que faculdade alguma nos ensina: saber lidar com pessoas, flexibilidade, paciência, perseverança e determinação. Tudo isso ao mesmo tempo. 
  4. Um bom timing: também devemos saber o tempo certo de fazer certas coisas. Mas definitivamente nunca saberemos como nem quando estaremos na hora certa e no lugar certo. Abrir mão do controle sobre tudo é outro exercício sempre bem vindo. 
  5. Sorte. Ninguém fala pois é tabu, mas às vezes as pessoas sucedem por sorte mesmo. E é a tal da coisa: "cuidado com seus desejos, eles podem se realizar". Tudo na vida pode e deve ser repensado e reavaliado, quase sempre. Então a sorte pode sim ajudar, mas é sempre só até a página 20.

Enfim, as variáveis, elas são muitas.... Quase infinitas. Mas se vocês tiverem foco e souberem onde querem chegar, ou minimamente o que pretendem fazer, nada é impossível.

Sucesso à todos e um grande abraço.

Ryan Padilha

Arquiteto de Soluções • 4x AWS Certificado • Transformação Digital

8 a

Minha visão é - Traga a ciência para dentro de sua vida. Tenha a postura de encarar sua vida como um gestor de negócios frente a uma grande multi-nacional com foco em resultados reais. Com isso saberá em que ponto está e até que ponto quer chegar frente a um planejamento estratégico rodando BSC, SWOT, PDCA, KPI, KGI, dentre outras várias sopas de letrinhas que encontramos por ai. Sucesso sempre!

Cinara Moura

Líder de Marketing de Produtos e Growth | 15+ anos liderando estratégias de Marketing Digital para Resultados de Alto Impacto | Professora

8 a

Daniela :)

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