Uma vida em um ano novo ou um ano novo em uma vida?
Por Wladimir Martins
Por que deixamos as mudanças de comportamento para o ano novo? Efetivamente este é um desejo genuíno ou simplesmente faz parte de um movimento temporário?
Ao terminar o período das festas de final de ano, me deparo com muitas pessoas perturbadas pelo simples fato de estarem em busca do que planejarem para o novo, por conseguinte, prometerem o que não podem cumprir.
Fico extremamente absorto com o número de orientações que recebo em minhas redes sociais como estímulos, para que eu faça um planejamento para o meu ano novo, relacione as minhas prioridades, realize um plano de ação e etc.
Por que o modismo de começar sempre em um dia específico, ano novo, próxima semana, depois do…, a mudança que deve começar agora?
Fico me perguntando porque as pessoas querem começar um regime na Segunda ou a mudança de vida no ano novo? Será que realmente querem mudar? Será este um processo de auto sabotagem?
Penso que por experiência própria, procrastinar é a melhor forma de produzir as fantasias de realização fictícia, e ao mesmo tempo, enganar a si mesmo, quando sei que esta é a forma de não enfrentar os meus bloqueios. Desmotivação constante por chegar ao final de um período e não conseguir se manter no regime, não ter realizado as promessas de ano novo e etc.
Aqueles que efetivamente estão dispostos a mudar, começam agora, não ficam postergando para um outro dia, mês ou ano.
O problema é que o amanhã é aquele lugar que ninguém viu ou sabe onde fica, mas é onde certamente boa parte dos planos, motivações e objetivos se encontram.
Na grande maioria das pessoas, frustração e a melhor definição, ao invés de motivação, pois não encontram verdadeiramente o diálogo interno e principalmente a vontade de mudar, e esta não impulsionada pela data ou pelo momento, mas sim por um processo de mudança contínuo, a ser estimulado pelo que está dentro de cada um e não pelo que está fora.
Será que somos movidos a um processo mental de transição, vinculado a um início específico? Existe motivação por trás de um contexto precário de estímulos para a mudança?
Como resposta eu diria: Nossa vida não pode estar em função da próxima segunda, de um ano acabar e um outro começar, pois se é assim que estamos agindo, algo não está bem. Uma transição apenas de um período para outro não é algo suficientemente poderoso em termos de motivação, para provocar uma grande transformação em nossas vidas.
Se quer realmente produzir mudanças de alto impacto em você, provoque doses estimulantes de automotivação, em muitos momentos do seu dia, acredite em você!
A inspiração vem de fora, mas a motivação vem de dentro!
Um bom momento de transição é uma conversa franca e direta com você mesmo, buscando estabelecer uma relação do que é preciso fazer agora para mudar a sua vida. Comece já!
A mudança depende exclusivamente de você e não do dia em que começará a mesma!