Universal Design desde o Zero: Protótipos Acessíveis Enriquecidos
para Estudos de Usabilidade com PCDs, usando Laum

Universal Design desde o Zero: Protótipos Acessíveis Enriquecidos para Estudos de Usabilidade com PCDs, usando Laum

A promulgação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), representa um avanço notável na legislação brasileira. Essa lei estabelece um marco legal abrangente e significativo para promover a inclusão, acessibilidade e garantia dos direitos das pessoas com deficiência, incluindo aqueles com deficiência visual.

A acessibilidade é um dos elementos centrais na promoção da inclusão de pessoas com deficiência visual e o design de interfaces, vinculado à experiência de usuário, é uma prática importante e essencial, pois se relaciona diretamente à capacidade de um sistema de ser facilmente utilizado pelo usuário (Rocha; Baranauskas, 2003). Entretanto, uma interface de qualidade em termos de usabilidade se destaca por sua capacidade de atender às necessidades do usuário sem exigir que este se adapte ao sistema por meio da interface (KULPA; TEIXEIRA; SILVA, 2010).

Nesse contexto, o objetivo do experimento com pessoas com deficiência visual é validar a eficácia na criação de protótipos acessíveis e autênticos, buscando a reutilização de micro frontends, componentes agregados e primitivos identificados durante o processo de design. Essa abordagem é facilitada pelo uso de um Laum em conjunto com o Figma, o qual auxilia no desenvolvimento de interfaces acessíveis. Esse conjunto viabiliza a construção de protótipos acessíveis.

Na fase de coleta de dados, foram realizadas entrevistas, testes de usabilidade e observações diretas, visando compreender a percepção, satisfação e eficácia do protótipo em atender às necessidades dos usuários. O experimento envolveu a participação de seis indivíduos com deficiência visual. Foram registrados o tempo de execução das tarefas, o número de vezes que os participantes solicitaram ajuda aos assistentes de pesquisa, os erros de interação e a satisfação geral com a experiência tecnológica.

Os procedimentos incluíram uma fase de adaptação para ajustes na tecnologia, seguida pela realização de atividades pré-determinadas. Durante esta etapa, os participantes foram acolhidos, receberam a leitura do termo de consentimento e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Além disso, foram instruídos a utilizar outra aplicação para personalizar as configurações do leitor de tela de acordo com suas preferências.

Os participantes foram instruídos a realizar uma série de atividades relacionadas ao uso do protótipo computacional. Na primeira atividade, eles concederam acesso às funcionalidades específicas do protótipo, enquanto na segunda atividade, revogaram esse acesso. Essas atividades foram realizadas sequencialmente, com metade dos participantes iniciando pela primeira e a outra metade pela segunda, visando evitar viés de ordem. Além disso, foi realizada a gravação da tela e dos movimentos incorporados, permitindo uma captura abrangente das atividades e interações dos participantes durante o uso da tecnologia em análise.

Após a conclusão da coleta de dados, os participantes foram entrevistados. Durante essa entrevista, utilizou-se a Escala de Usabilidade do Sistema (SUS), uma ferramenta amplamente reconhecida para avaliar a usabilidade e a satisfação do usuário em relação à tecnologia. Também foi realizado um teste específico para verificar o efeito do carregamento do protótipo computacional nas percepções e experiências dos participantes. Os resultados foram extremamente satisfatórios, e serão apresentados em evento científico ligado à area de IHC/UX.


Referências:

ROCHA, H. V. ; BARANAUSKAS, M. C .C.. Design e Avaliação de Interfaces Humano-Computador. 1. ed. Campinas: Emopi Editora e Gráfica, 2003. v. 1. 244p.

BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF: Presidência da República, 2015. Disponível em: Acesso em 06 abr. 2024.

KULPA, Cínthia Costa; TEIXEIRA, Fábio Gonçalves; SILVA, Regio Pierre da. Um modelo de cores na usabilidade das interfaces computacionais para os deficientes de baixa visão. Design & tecnologia [recurso eletrônico]. Porto Alegre, RS. Vol. 1, n. 1 (2010), p. 66-78, 2010

Nós nos orgulhamos muito em poder apoiar pesquisas que envolvem a melhoria da qualidade de vida e autonomia para PCDs. No estudo da Fernanda Santos ela explora a possibilidade de cegos gerenciarem de maneira autônoma seus registros eletrônico de saúde. Parabéns Fernanda Santos Apoiamos pesquisadores de Diversas instituições de ensino. #acessibilidade #universaldesign #figma #laum #ehealth

Andreza Fonseca Lima

Psicóloga Clínica | Psicologia, Inclusão, Comunicação

8 m

Amiga tu arrasa!

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