URSS 1991 - 25 anos depois

URSS 1991 - 25 anos depois

As mudanças da geopolítica mundial a que assistimos hoje começaram a desenrolar-se em dois anos do séc. XX: 1989 - queda do muro de Berlim, que colocou um ponto final na divisão da Alemanha em dois blocos (fruto da situação política do pós-guerra) e 1991 - dissolução do Pacto de Varsóvia e fim da URSS.

Mesmo escolhendo estas duas datas simbólicas, não podemos esquecer a chegada ao poder de Gorbatchev em 1985, que implementou as políticas de Perestroika (reestruturação) e de Glasnost (transparência) começando a preparar uma abertura do bloco soviético ao Ocidente e uma mudança para a implementação de um sistema, que aquele líder pretendia democrático. A democratização da URSS não foi bem aceite junto dos líderes conservadores do PCUS (Partido Comunista Soviético) e os efeitos de uma crise económica que já vinham de trás, mas que foram sendo cada vez mais sentidos pela população, viriam, mais tarde, a gerar descontentamento social e político.

A queda do muro de Berlim a 9 de Novembro provocou uma inevitável onda de mudanças como numa sequência de peças de dominó em fileira que se vão empurrando e derrubando em cadeia.

Assim, escolhendo as três fases, que penso serem mais importantes, temos: precisamente a 1 de Julho de 1991 a extinção formal do Pacto de Varsóvia (criado pela União Soviética, em resposta à criação da NATO); a tentativa falhada de Golpe de Estado para derrubar Gorbatchev em Agosto, e o fim da URSS ocorrido formalmente em Dezembro, depois da dissolução do PCUS e da demissão de Gorbatchev.

1 de Julho de 1991 extinção formal do Pacto de Varsóvia

O fim da URSS deu origem à CEI - Comunidade dos Estados Independentes com a Rússia a assumir uma posição de "liderança" relativamente aos outros estados, muitas vezes recorrendo a meios de pressão económica, política e militar.

Desde que Putin chegou ao poder (no período pós-Ieltsin), a Rússia tem vindo a tentar aumentar a esfera de influência nos estados que fizeram parte da ex-URSS. A invasão da Crimeia, a tensão militar vivida na região e os desafios relativamente às forças da NATO têm sido usados pelo (antigo) membro do KGB, para se impor a nível de política interna como líder (absolutista) tentando recuperar internamente a tendência imperialista de outros tempos e externamente para se impor como uma força militar que (ainda) tem poder.

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