UX vs. IA: será que a máquina vai nos substituir?

Esse artigo expressa minha opinião e discussões construtivas são sempre bem-vindas :)

Bom, acredito que todo mundo que trabalha principalmente na área criativa já viu algum conteúdo pela internet te dando um prazo para IA roubar o seu emprego. Mas quando mesmo, ninguém sabe. É tipo um “bug do milênio”, mas não mandaram o save the date ainda. 

No mercado de UX isso não é diferente. Basicamente todas as newsletters que eu assino e portais que acompanho, esse tema aparece. Após ler alguns textos sobre, estava tendo um grande momento reflexivo - obviamente durante o banho - e pensei: “Bom, talvez uma máquina me substitua se ela se equiparar às minhas habilidades, mas e se eu for melhor que ela?”. Não foi um pensamento que saiu arrogante, como talvez possa ter parecido sem a entonação da voz da minha cabeça. Ele veio em uma mistura de esperança com um certo ceticismo sobre o poder de substituição de humanos pela IA.

Eu acredito muito no poder das relações humanas e da nossa curiosidade, que muitas vezes nos permite ter uma criatividade ímpar. Dúvido, por exemplo, que qualquer IA engraçadinha ganharia uma batalha de memes contra a internet brasileira. Além disso, somos seres sociáveis, da conversa, da escuta. Será mesmo que uma máquina conseguiria pegar as nuances da mente humana para transformar em um produto ou resolver um problema? Ela teria a famigerada empatia pela sua audiência a qual ela precisa entender as dores e alegrias atentamente? Ela, na linguagem do mercado, conseguiria desenvolver soft skills? 👀

Não sei, sinceramente. Eu espero que não, porque aí, acho que estaremos no estágio de evolução tecnológica que, para mim, começa a dar um certo medo. Uma coisa meio Westworld, haha.

Mas não me entenda mal ou ache que meu ceticismo é resistência. Como falei: curiosidade para mim é essencial. Eu acredito nessa tecnologia como uma ferramenta de otimização de etapas no processo de trabalho, assim como de tempo. Mas minhas dúvidas quanto à ela sendo uma substituta total de uma mente humana em uma área que apesar de tecnológica, ainda é muito sobre pessoas, é bastante grande.

Um exemplo prático foi no Badatalks, webinar da Badaró ,  que assisti semana passada com o Leonardo Camargo 🏳️🌈 e o Daniel Furtado . Em um momento, o Leonardo nos mostrou um projeto que foi finalista do Latin America Design Awards: o e-commerce para a Bannanna, uma marca de Beach e Resort Wear (projeto completo aqui). O site tem muitas nuances no seu design, autenticidade  e  personalidade com grids não óbvios e uma experiência ímpar, que mais parece que estamos folheando uma revista com um belo editorial de moda, do que uma loja online. 

Mais uma vez fico na dúvida se a IA conseguiria chegar nesse nível de preciosidade visual, com um design que foge do óbvio que vemos tanto por aí e ainda entrega uma experiência completa visual e de navegação. Vale a pena explorar e conferir!

Pretendo ler muito mais sobre esse assunto para, quem sabe, entender se vou receber o convite deste evento, ou se e quando ele acontecer eu já vou estar em outro plano, haha.

Por enquanto, ficam só os questionamentos e talvez uma certeza: quem não se mantiver atualizado, curioso e crítico, pode ser que seja engolido sim por esses avanços da tecnologia no mercado de UX.