Vale a pena trabalhar com infoproduto?
Sabe aquela galera que promete um curso de marketing digital irado para você fazer seu lançamento em uma semana e ter retorno de seis dígitos apenas trabalhando via web? Pois saiba que estudei por dois anos este segmento e tenho algumas dicas para compartilhar com vocês:
a) Entre 2006 e 2010, surgiram empreendedores pioneiros, como Érico Rocha e Conrado Adolpho, que passaram a oferecer cursos ensinando como trabalhar na internet oferecendo infoprodutos, normalmente cursos digitais. A intenção destes pioneiros era ensinar um método para seus alunos lançarem produtos diferenciados, o que realmente foi executado por alguns discípulos que obtiveram êxito.
b) Outros discípulos preferiram “revender” o método que aprenderam com algumas mudanças cosméticas (entre eles, o nome), acreditando ser este um caminho seguro para recuperar o valor investido no curso e prosperar. Poucos obtiveram sucesso e acabaram, na verdade, “atrapalhando” o mercado de seus mestres, que tiveram que se reinventar para continuar em evidência no mercado, oferecendo, por exemplo, eventos adicionados aos cursos e grupos de mentoria com acompanhamento personalizado.
c) Os lançamentos ensinados, quando praticados metodicamente, tendem a gerar resultados, mas é preciso saber que cada passo deve ser executado de forma adequada. Qualquer falha põe tudo a perder.
d) Não há mágica na web. Assim como na publicidade, é preciso investir dinheiro para gerar demanda para seu infoproduto, a não ser que você seja um ninja da busca orgânica.
e) Sem verdadeira autoridade na sua área seu projeto não se sustentará. E por autoridade entenda não só anos de experiência como também êxito financeiro em sua empreitada. É preciso provar ao seu público que você possui uma história genuína de sucesso. “Fabricar” autoridade com parceiros pode até funcionar, mas com o tempo isto fica evidente e acaba produzindo o efeito contrário e só funcionando junto ao “clube”.
f) Não é necessário fazer inúmeros cursos para ter sucesso. Basta 1 ou 2 para colocar a mão na massa. Não seja um “aprendedor profissional”, aquele que só aprende, aprende e nunca pratica (90% da galera envolvida neste mercado!)
g) Participe apenas de congressos relevantes e que efetivamente contribuam para seu conhecimento e network.
g) Trabalhar com infoproduto exige trabalho duro. Embora “baste” ficar na frente do computador, você terá que entender tudo de marketing digital, busca orgânica, e-commerce e, acima de tudo, ter capacidade de investir em ferramentas de envio de e-mail marketing, monitoramento de mídias sociais e meios de pagamento, entre outros.
Resumindo: viver de infoproduto é possível, mas é preciso ter método, capacidade de investimento e perseverança. Sim, porque, como qualquer negócio, pode dar certo ou errado. E neste, caso, será necessário jogo de cintura e sensibilidade para redirecionar o negócio.
Assim como muitos, também fiquei tentado a entrar neste mercado. Criei um curso inédito e quase me aventurei. Entretanto, falta-me a autoridade para lançá-lo, pois não vi propósito em lançar um curso sem poder ser um real exemplo de sucesso. Quem manda eu me preocupar demais com a ética, não é mesmo?
Artista Visual na Artscheufler
7 aBom artigo meu caro Elias Rod, eu e mais alguns incautos estamos lançando a Casa da Mão como infoproduto, estou montando alguns cursos on-line sobre Percepção Visual, tenho estudado muito e percebo que o que dizes é absolutamente verdadeiro. Enfim, escrevo apenas para fazer contato. Abraço meu velho.