Valores e Crenças

O tempo, as experiências, o estudo e o aprendizado nos fazem mudar alguns pensamentos e felizmente nos ajudam a evoluir.

Durante minha carreira dentro do RH percebi que nas entrevistas alguns candidatos eram evasivos sobre alguns temas e em outras vezes ficava claro que seus conteúdos internos estavam em choque com aquilo que a empresa pedia / oferecia / é.

Essa divergência era qualificada então como “Valores incompatíveis”. E pronto.

Claro que haviam também aqueles que tinham seus “Valores” em linha com os apresentados e seguidos pela empresa e nestes casos o resultado era uma possível contratação.

Mas, com o passar do tempo e o aumento da acuracidade na observação pude notar que não são apenas os valores que entram nesse jogo, mas entram também as crenças, quer positivas, quer negativas.

Por mais que o candidato gostasse ou se encantasse com a empresa, suas crenças sobre ele mesmo poderiam atrapalhar na hora da entrevista, uma auto sabotagem mesmo!  E, por mais empático que o selecionador pudesse ser, ele não teria como perceber isso no espaço curto de uma entrevista e se percebesse nada poderia fazer, afinal era como o candidato estava se apresentando.

Durante anos uma das teclas que mais bati foi a do auto conhecimento, pois para mim sempre foi a base de uma entrevista bem realizada e principalmente de uma carreira bem sucedida.

Nestes tempos que estamos vivendo, reforço ainda mais a importância de cada pessoa se conhecer mais e melhor, não apenas seus gostos, pontos de desenvolvimento e de destaque, mas ir a fundo, entender as fontes de seus medos, raiva, tristeza, alegria, asco e os disparadores de ansiedade, angústias, culpa e outros sentimentos que percebemos em nossas reações diárias.

Carreiras maravilhosas podem ser dizimadas por conta de situações mal resolvidas no passado que são acionadas por disparadores no presente.

Tanto ouvimos falar sobre “Burnout” e não nos damos conta que cada pessoa irá reagir nas situações de sua vida profissional de acordo com a bagagem que trás consigo e que muitas vezes a melhor saída que o cérebro irá encontrar é a de “desligar”.

Não existe receita de bolo nem 10 dicas milagrosas para você enfrentar ileso o que lhe acontece.

Mas, existem caminhos, maneiras, técnicas que se bem empregadas podem participar nesta busca pelo “quem sou” e ajudar a chegar no EU SOU.

Portanto, não desista de você!

Sou Tania Klein,

Psicóloga CRP 12/20476