Vamos construir juntos novos modelos assistenciais?
Um tópico, que sempre me interessou, desde quando comecei na gestão como gestor de hospital, são as discussões sobre novos modelos de pagamento para a sustentabilidade da saúde no Brasil. Venho conversando, nesse sentido, com players e lideranças no setor. E para mim é claro: para que isso se torne realidade e funcione de fato, é preciso priorizar a construção de modelos assistenciais diferenciados e com medicina baseada em evidência que tenha como suporte novos modelos de pagamentos.
Reforço sempre que é preciso de forma intencional criar e consolidar novos padrões assistenciais, de modo que os novos modelos de pagamento baseados em performance sejam seu alicerce.
Vale a pena dizer que neste tipo de abordagem, o foco não é a diminuição de custos, mas a redução de desperdícios. E, para que isso possa acontecer, é preciso adotar estratégias robustas, apoiadas em estatísticas, números e indicadores de um cenário real referente à população que frequenta as instituições de saúde, acompanhando sua evolução ao longo do tempo.
O olhar simplificado apenas para a redução de custos não é de longe a melhor alternativa, sob a ótica de sustentabilidade do negócio. Se fizermos isso, corremos o risco de desviar o olhar da entrega assistencial, o que é diretamente contrário ao consenso entre os players do setor: colocar o paciente no foco.
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Com dados relevantes, os tratamentos e procedimentos serão escolhidos, aliando a experiência profissional à pertinência técnica e histórico relacionado, de modo que será possível entender se um determinado caminho é o melhor, de fato, para o paciente, considerando variáveis como idade, expectativa de vida, saúde mental, entre outros fatores.
Na Amil, estamos construindo modelos que tenham uma visão do ciclo da condição de saúde que reduza a necessidade de internações futuras por falta de acompanhamento ou cuidado, contando com estratégias consistentes de prevenção e, ao mesmo tempo, melhorando a experiência do paciente e da saúde da população a que ele pertence.
Com a ação intencional de todos os atores dessa ampla cadeia, será possível garantir que essa nova história será construída e contemplará a todos. A Amil está aberta ao diálogo e eu, pessoalmente, animado e curioso, para ver este novo modelo assistencial crescer, ganhar corpo e ser uma referência de como é possível darmos esse grande passo juntos.
Consultoria em Saúde | Acreditação e Certificação Internacional | Especialista em Melhoria | Desfechos de Programas Clínicos
2 aExcelentes colocações e seu esclarecimento sobre a questão entre redução de custos X desperdícios. Outra observação que vejo nas Instituições Fernando, é que muitas estão trabalhando a Agenda de Valor, sem ajustar o processo na ponta, com a implantação dos Programas Clínicos, que é a base para medir valor e de fato reduzir retrabalhos e ineficiências.
Fundador da OdontoDados | Ciência de Dados | Inteligência Artificial
2 aPerfeito! Seria ótimo essa mudança de foco também na assistência odontológica. Me coloco à disposição para contribuir com o debate.
Cofundadora e CGO na QGA - Quality Global Alliance | ISQua Expert | Sócia-Fundadora na C2L - Communication to Lead
2 aSim !!!! Vamos !!!! Fernando Pedro 👏 👏
Diretor Médico | Gerente Médico | Coordenador Médico | Supervisor Médico
2 aExcelente artigo! Acrescento: se não forem adotadas essas mudanças de maneira rápida, o sistema de saúde suplementar no Brasil caminhará de maneira inexorável para a falência do setor!
Corporate Affairs e LegalCorporate Affairs e Legal Farmandala Comercio Ltda. · Tempo integral
2 aComo sempre preciso em suas colocações. Adorei a provocação. Parabéns e sucesso sempre Fernnando