VAMOS FALAR DE MANEIRA FÁCIL SOBRE FINANÇAS CORPORATIVAS?
Por Tatiana Oliveira

VAMOS FALAR DE MANEIRA FÁCIL SOBRE FINANÇAS CORPORATIVAS?

Ter o conhecimento em finanças é fundamental para qualquer pessoa que está envolvida no mercado de trabalho, independentemente da sua área de atuação.

O título Finanças corporativas abre novos horizontes profissionais para quem deseja adquirir conhecimento em importantes conceitos relacionados às finanças, o Fluxo de caixa, o Capital de Giro,Faturamento,Lucratividade, margem de contribuição e outros indicadores utilizados nas finanças corporativas.

De uma maneira objetiva será abordado neste artigo as principais questões relacionadas a Finanças Corporativas.

FLUXO DE CAIXA

Responsável por projetar períodos futuros, o fluxo de caixa é o ponto de partida da análise financeira, além de registrar e acompanhar todas as entradas e saídas de recursos financeiros.

O fluxo de caixa realizado de forma temporal (diário, semanal, mensal ou anual), permite que a empresa tenha um melhor acompanhamento financeiro, realizando projeções e estimativas.

Mas, é necessário considerar os saldos de ciclos anteriores, e assim compor as disponibilidades, ou indisponibilidades, nos ciclos posteriores.

Em poucas palavras, o fluxo de caixa pode ser definido como um movimento monetário que altera o saldo de dinheiro acumulado, ou seja, ele é o movimento do valor monetário que, efetivamente, entra e saí.

PREJUÍZOS NA GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA

Desperdício de tempo, aumento do custo operacional e retrabalho são alguns dos fatores prejudiciais, que afetam as organizações que não fazem o acompanhamento regrado do fluxo de caixa.

Por isso, é importante definir um processo fácil e que realmente possa ser seguido diariamente para que os colaboradores possam manter o fluxo de caixa sempre atualizado.

A Procrastinação pode levar a desistência, desse modo, os períodos de não acompanhamento do fluxo de caixa podem se prolongar até chegar em um estágio onde não será mais possível retomar o controle.

FLUXO DE CAIXA X CAPITAL DE GIRO

O fluxo de caixa se refere ao fluxo que o dinheiro percorre dentro de uma empresa.

O Capital de Giro, contudo, está relacionado a quantia necessária de dinheiro que a empresa precisa para manter suas atividades.

O capital de giro entra como um indicador que reflete a necessidade de manutenção dos processos internos: pagamento de fornecedores, salário de funcionários,etc.

Por isso, é muito importante analisar com frequência a necessidade de capital de giro da empresa. Afinal, muitas vezes é preciso fazer ajustes, como corte de gastos, para que a empresa se mantenha em pleno funcionamento.

PARA CALCULAR O CAPITAL DE GIRO VOCÊ PRECISA:

·       Manter um fluxo de caixa detalhado

·       Saber os recursos (lucro) da empresa

·       Definir o tempo de duração do recurso para sua constante reposição

É importante, por isso, equilibrar 3 indicadores que são essenciais para manter uma empresa saudável: o faturamento, margem de contribuição e capital de giro.

Dessa forma, existe a garantia que, além de ter vendas, essas vendas vão gerar lucro para a empresa e o fluxo de caixa se manterá equilibrado.

FATURAMENTO

O faturamento é um indicador que mede o volume financeiro de novas vendas que a empresa conseguiu obter em um determinado período. A base do resultado está na fórmula abaixo:

Faturamento = Unidades vendidas * Preço ou Ticket médio

Assim, o faturamento está atrelado ao volume dos produtos ou serviços vendidos pela empresa e ao preço que é cobrado do consumidor. Ou seja, à relação mercantil entre quem vende e quem compra.

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

A Margem de Contribuição, responsável por medir lucro bruto das vendas que será utilizado para contribuir no pagamento dos custos fixos.

Existem dois tipos de margem de contribuição: unitária e total.

A margem unitária mede o lucro de um produto enquanto a margem total mede o lucro bruto total da empresa, após retirar os custos variáveis.

erro que muitas empresas cometem é negligenciar esse indicador na hora da precificação  e após a venda.

  • Todos precisamos saber se ganhamos ou perdemos dinheiro na venda

PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL

O ponto de equilíbrio operacional é responsável por medir a receita necessária para pagar todas as contas da empresa.

É através desse indicador que podemos definir uma meta mínima de receita naquele mês para fechar a operação no zero e assim, começar a ter um negócio lucrativo.

Algumas ações são realizadas para ajustar o fluxo de caixa, como é o caso da antecipação de recebíveis. Muitas vezes é necessário antecipar o que a empresa tem para receber para poder arcar com os custos de suas operações.

LUCRATIVIDADE X RENTABILIDADE

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Entender a diferença entre lucratividade e rentabilidade é essencial para avaliar qual é o panorama efetivo do negócio e, assim, tomar decisões seguras para otimizar seus resultados.

A Lucratividade é o indicador que mede o percentual do faturamento que é considerado lucro líquido e é através dele que nós podemos tomar a decisão de distribuir os ganhos entre os sócios.

A sua fórmula é bem simples, veja:

Lucratividade = (Lucro líquido / Faturamento) x 100%

Ao analisar o indicador de lucratividade, é importante verificar se o resultado atende aquilo que foi estabelecido no planejamento estratégico da empresa. A partir dessa avaliação, é possível propor mudanças nos processos, como a substituição de matéria-prima para reduzir custos, a alteração de regime tributário , quando possível, ou uma modificação no quadro de funcionários.

 O índice de Rentabilidade se baseia no lucro líquido e tem seu resultado em valor percentual. A diferença é que ele serve para medir o retorno que um investimento pode proporcionar ao negócio. O cálculo de rentabilidade é realizado desta maneira:

Rentabilidade = (lucro líquido/investimento) x 100

O indicador de Rentabilidade também pode demonstrar se um investimento em fase de planejamento é viável e pode trazer resultados positivos para a empresa. Para isso, basta utilizar uma estimativa de faturamento  para chegar ao lucro líquido.

Alguns termos utilizados na elaboração das finanças corporativas são:

Ticket médio

É o valor médio das vendas realizadas. É encontrado dividindo o faturamento total de um período, geralmente mensal, pela quantidade de vendas.

Custos fixos

É a soma de todos os custos fixos de uma empresa, ou seja, aqueles valores que precisam ser pagos independente dos resultados obtidos. Em cima deles, é possível traçar um panorama de qual o volume mínimo de vendas para fechar em lucro no mês. É vital ter um controle sobre eles para a gestão empresarial.

ROI

O ROI é a sigla para “retorno sobre o investimento” e é muito empregado em projetos. Assim, é possível dimensionar qual o lucro de um investimento e analisar se ele valeu a pena ou não.

Grau de endividamento

Outro indicador bem comum é o endividamento. Ele permite que o gestor entenda qual o volume de capital de terceiros utilizado nas operações. Desta forma, permite uma visão sobre o risco do negócio, pois esse é um dinheiro que precisará ser pago em algum momento.

   Ressalto ao leitor que há uma variedade de indicadores utilizados na elaboração de finanças corporativas sendo abordado de forma simplificada apenas alguns tópicos neste artigo.

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