Vamos falar sobre inclusão?
Nesse mês de novembro tivemos mais uma vez o Teleton, uma ação que ao meu ver é louvável, pois mostra toda a capacidade de superação da pessoa deficiente. Isso de fato comove, enche nossos corações de empatia e compaixão, e faz com que contribuamos para a perpetuação dos trabalhos dessa entidade tão nobre que é a AACD. Entretanto fazendo uma análise um pouco mais crítica, o que vemos durante quase todo o programa são crianças deficientes, não é mesmo?
O Teleton no ano de 2016 completou 19 anos e a criança do primeiro ano de Teleton, hoje é um adulto que está no mercado de trabalho! Você consegue sentir a mesma empatia e compaixão por esta pessoa, agora no mercado de trabalho?
Para começar o verdadeiro sentido da palavra “INCLUSÃO ” no mercado de trabalho é quando uma empresa NÃO EXCLUI seus funcionários, ou candidatos a emprego em razão de qualquer atributo individual, como nacionalidade, naturalidade, gênero, cor, deficiência, compleição anatômica (gordo, magro, altos e baixos) idade e outros. É quando mesmo tendo pessoas ou, situações diferentes TODOS os funcionários trabalham juntos harmonicamente, e possuem igualdade de oportunidades como qualquer um na empresa.
Agora me pergunto, isso realmente acontece?
Estamos há 25 anos da Lei de Cotas no Brasil (LEI Nº 8.213) e o que de fatos conquistamos com isso? O que de fato o trabalhador PCD conquistou?
Semanas atrás pude participar de uma palestra com Ana Bracarense no Grupo Papo Reto e que tinha como tema central “Inclusão de PCDs no Mercado de Trabalho”. E sabe o que ouvi? Que apesar de todos os avanços que conquistamos com a Paralimpíadas Rio 2016, com o show de medalhas conquistadas por nossos atletas deficientes e, por todas as conquistas que mostramos ainda vemos o desconhecimento, o preconceito e o descaso para com o assunto PCD.
Sabe onde todo esse desconhecimento sobre o assunto reflete? Na oferta de vagas destinado a este público, no despreparo de modo geral das pessoas nas empresas e fora dela em saber lidar com essas diferenças, em aceitar pessoas PCDs trabalhando lado a lado consigo e disputando as mesmas oportunidades, onde o que impera é apenas a capacidade e não a deficiência. Percebe isso?
Recentemente a i.Social Solução em Inclusão Social publicou uma pesquisa sobre o perfil dos PCDs que estão no mercado de trabalho no Brasil Profissionais de RH e inclusão de pessoas com deficiência: novas expectativas. Sabe o que aponta essa pesquisa? Que a maioria dos pesquisados possuem pós-graduação completa ou cursando.
Aí me pego a pensar se a grande maioria desse público consegue chegar a uma pós-graduação significa que possui capacidade intelectual para tal, correto? Então, por que persiste a segregação na oferta de vagas para PCDS?
Tem uma célebre frase que diz:
“Todo mundo é um gênio. Mas, se você julgar um peixe por sua capacidade de subir em uma árvore, ele vai gastar toda a sua vida acreditando que é estúpido.”
É assim que vejo essa questão, de que adianta a pessoa PCD estudar, se empenhar, vencer barreiras muitas delas físicas para conseguir se superar. Ser um bom profissional, um chefe de família digno e respeitado por seus familiares para lá fora no Mundo, ser tratado como um medíocre, sem capacidade? É justo isso?
Segundo o IBGE em 2015 éramos cerca de 6,2% da população brasileira que pagam impostos, que tem vida social e familiar e que assim como você, também precisa trabalhar!
Trabalhar é condição essencial, não somente pela manutenção financeira, mas pela dignificação da vida. Trabalhar se constitui numa parte importante da vida. Tem a ver com realização pessoal, com sentir-se útil e encontrar sentido para os dias.
A partir do momento que uma pessoa começa a trabalhar, ela se torna parte de uma sociedade produtiva. Isto não é diferente com uma pessoa com deficiência.
Nesse instante pare e faça uma busca rápida aqui mesmo no Linkedin e veja a quantidade de profissionais PCDs qualificados e muito bem qualificados, porém exercendo funções inferiores à sua capacidade ou desempregados. Isso mesmo! Afinal, vagas destinadas a esse público são apenas as de auxiliares ou assistentes, raríssimas vezes outras funções. Não está passando da hora de reverter essa situação?
PENSE NISSO!
Nós MERECEMOS um MUNDO mais JUSTO e mais HUMANO para essa geração e para as futuras!
Links pesquisados:
Tecnólogo em gestão comercial, técnico em eletrotécnica, orçamentista de instalações elétricas e hidráulicas.
7 aO acesso à educação e saúde dos deficientes deve ser parte integrante de uma política governamental ou parceria com boas ONG´s e sociedade civil que integrem estas pessoas no mercado produtivo. Através do acolhimento, de assistencialismo e posterior ajuda para emancipação, estas pessoas possuem condições de serem muito úteis, tanto como pessoas como profissionais. Por outro lado, alguns precisarão de ajuda por toda vida. As ONG´s cumprem papel importante no sentido de agrupar estas pessoas, discutir ideias de melhoria e dar voz aos anseios de pessoas em condição de vulnerabilidade pelos diversos canais de comunicação existentes. Gostei da matéria senhora Gisele!
Gestão de RH e DP / Administração de Pessoal / RH / Generalista / Coordenadora de Folha de Pagto / Supervisão / Departamento Pessoal / Coordenação / Liderança.
8 aParabéns 🔵 Gisele Almendro ( PCD ), excelente colocação!
Generalista em RH | Gerente de RH | Gente e Gestão | Cultura | DHO | Folha de Pagamento | Relações Trabalhistas e Sindicais | Benefícios | SST | QVT | Especialista | Coordenadora
8 aParabéns! Excelente texto!
Instrutor de formação profissional | SENAI São Paulo
8 aParabéns pela matéria 🔵 Gisele Almendro ( PCD ), o texto é perfeito!
Click Consultoria PcD | CEO | Palestrante| Superação | Treinamento | Mentora | Especialista em PcD | Consultoria |Especialista em RH |
8 aParabéns 🔵 Gisele Almendro ( PCD ) pelo excelente texto e obrigada por mencionar-me em seu texto. Fico a disposição para maiores esclarecimentos sobrelacionados o tema