Vantagens e Desvantagens de Investir em "ativos distressed"
A principal vantagem desse tipo de investimento é clara: seu grande potencial de valorização.
Aqui, os ativos distressed cumprem o script básico para se ganhar dinheiro com investimentos: comprar barato e vender caro. Isso é o que buscamos sempre.
Ao comprar um ativo distressed por um preço inferior, qualquer ganho dessa reestruturação já dará um lucro bom.
Fora que, por ser um ativo que passou por maus bocados, toda a desvalorização que poderia ocorrer já ocorreu. Ou seja, o potencial de upside é significativamente maior do que o potencial de downside.
A desvantagem decorre do perfil desse investimento.
Você deve ter imaginado que o risco desse investimento é consideravelmente grande. São ativos que já deram calote ou estão em vias de. Ou seja, são ativos que já se mostraram que não deram certo.
Claro, citei que o potencial de baixa desses ativos é menor do que a perspectiva de alta, entretanto, o risco aqui não é de desvalorização do ativo, mas sim de próprio calote. É o chamado risco de crédito.
Os fundos de investimentos que aplicam nesses ativos precisam ter um gestor muito qualificado para conseguir reestruturar esses ativos. Imagine a dificuldade de os encontrar e, por consequência, o quão caro é um gestor desse calibre.
Falando em custos, essa é outra desvantagem. Os fundos de investimento terão de contratar escritórios de advocacia, custos de cobrança, aguardar o moroso tempo da justiça brasileira, dentre outros custos implícitos. Ou seja, a recuperação que os ativos terão precisará cobrir também os pesados custos para os reestruturar.
Além disso, esses tipos de fundos são destinados apenas para investidores profissionais.
Vale ou não a pena investir em ativos distressed
Sempre ponderando que essa é uma questão subjetiva, vamos dar o nosso panorama aqui, lembrando também que o ideal é conhecer seu perfil de investidor (riscos e objetivos).
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O potencial de ganho é realmente grande e caso essa reestruturação seja bem feita, os ativos se valorizarão substancialmente.
A nova lei de falências das empresas, que vigora no Brasil desde meados de 2006 também ajuda nesse processo.
Por tal lei, empresas em processo de recuperação tem maiores garantias de acesso a recursos para de fato se recuperarem. Ou seja, o processo de recuperação é mais suave.
Além disso, esses ativos não têm uma correlação grande com outros investimentos. Assim, trata-se de uma forma poderosa para deversificar sua carteira, importante instrumento de investir.
Dessa forma, ponderando o risco elevado desses investimentos, o cenário atual demanda que se tome risco para obter um rendimento mais elevado, além de uma forma de diversificação da carteira.
Logo, mesmo que em menor peso na sua carteira, ter esses investimentos nela pode ser uma boa estratégia de obter retorno elevado.
O grau que estes investimentos terão em sua carteira, dependerá de como você está disposto a tomar risco e o que planeja para seu futuro.
Conclusão
Ativos distressed são ativos que têm aquela máxima básica de comprar barato e vender caro. São ativos arriscados, mas com um potencial de ganho bastante elevado.
No cenário atual, de retorno não tão fácil como antigamente, é importante conhecer cada vez mais instrumentos para diversificar sua carteira e conseguir alavancar seus rendimentos. O investimento em distressed cumpre, assim, esse papel.
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Attorney At Law at CIVIL COURT CASES
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