Veja as novas diretrizes para o tratamento de aspergilose
No mês de julho, a Infectious Diseases Society of Americaatualizou as diretrizes para o tratamento de aspergilose. Baseadas em dados de ensaios clínicos e evidências, as recomendações se concentram na conduta diante dos principais tipos da doença: crônica, invasiva e alérgica.
As novas diretrizes destacam dados de ensaios clínicos das novas e atuais abordagens terapêuticas ao tratamento da infecção por Aspergillus. Os autores alertam, entretanto, que as recomendações não têm como responder pelas variações individuais dos pacientes e, por isso, não substituem a avaliação médica.
A utilização mais adequada das ferramentas diagnósticas ampliou os recursos do médico para diagnosticar aspergilose precocemente. Técnicas moleculares ainda não estão amplamente disponíveis nos laboratórios de análises clínicas, por isso, para o diagnóstico da aspergilose invasiva as diretrizes recomendam a coleta de amostras de tecidos e secreções para a realização de histopatologia, citologia e cultura. Entretanto, deve-se utilizar técnicas moleculares para identificar o fungo nos casos de amostras com crescimento atípico ou se houver questões relativas à resistência.
Em caso de suspeita de aspergilose pulmonar invasiva, recomenda-se a realização de tomografia computadorizada de tórax, independente dos resultados da radiografia de tórax. Broncoscopia com lavado broncoalveolar também é recomendado para esses casos, a menos que comorbidades importantes, como sangramento ou hipoxemia grave, contraindiquem o procedimento. A terapia antifúngica deve ser iniciada ainda durante a avaliação diagnóstica.
Para o tratamento primário da aspergliose pulmonar invasiva, as diretrizes recomendam utilizar o voriconazol. O tratamento deve ser mantido por, pelo menos, 6 a 12 semanas. Para pacientes com neutropenia prolongada com alto risco de aspergliose pulomar invasiva, recomenda-se profilaxia antifúngica. Os esquemas profiláticos contendo voriconazol, posaconazol e/ou micafungina são considerados os mais eficazes.
As orientações recomendam os mesmos antifúngicos indicados para os adultos para o tratamento de aspergilose em crianças, podendo haver diferença apenas na dose. Os autores registram que, apesar do voriconazol só ser aprovado pela FDA para crianças com 12 anos ou mais, o medicamento é fundamental para o tratamento da infecção em todas as idades.
As diretrizes também discutem as novas ferramentas que podem aprimorar o diagnóstico precoce e novos antifúngicos para o tratamento eficaz da infecção. Veja o artigo completo clicando aqui.