A vida é um equilibrar pratos...

Volta e meia me deparo com pessoas acima da média, seja no ambiente de trabalho ou em encontros casuais pela vida afora.

Pessoas que realmente são acima da média naquilo que fazem, se destacando dos demais.

Mas o que faz estas pessoas serem assim, um “ ponto fora da curva”? Formação, autodidatismo, força interior, perseverança, ou por ser um “superdotado”?

Entendo que, para todos os casos com os quais me deparei, cada uma das características acima se encaixe para justificar a desenvoltura destas pessoas. Mas não é sobre isso que quero falar especificamente, e sim a consequência que este skill ou capacidade especificamente, desencadeia na vida destas pessoas.

Na quase totalidade dos casos de pessoas acima da média, com as quais já trabalhei ou relacionei, vejo um grande problema, que é: o outro lado da vida delas.

Normalmente, há um desequilíbrio latente entre os demais elementos (os quais chamarei aqui de pilares) que um ser humano necessita para ter uma vida equilibrada e saudável.

Acredito que o bem-estar do ser humano, após atendidas suas necessidades básicas e fisiológicas, está baseado em 5 pilares: Afetivo/familiar, espiritual, profissional, saúde e lazer.

A frase acima de Tanya Wheway descreve, de forma sucinta, o que penso sobre a forma pela qual devemos seguir se há a intenção de termos uma vida plena, equilibrada e agradável.

Somos o resultado de nossas escolhas, de nossos atos e responsáveis pelas consequências que cada uma destas escolhas nos traz.

É sempre mais fácil escolher o lado aconchegante, acolhedor e quentinho que a vitimização traz, mas, ela não nos coloca para a frente, não resolve nossos problemas e pior: não nos ajuda a crescer.

Amigos: não há uma fórmula mágica, mas sim um conjunto de escolhas e atitudes que, baseadas nestes cinco pilares e organizadas de forma equilibrada, trarão resultados para se viver em harmonia.

Os resultados serão proporcionais ao tempo, energia e comprometimento dedicados igualmente.

Portanto: não poderei ajudar na educação de meus filhos, vê-los crescer, ser um bom pai, esposo, filho, irmão e amigo verdadeiro se não estiver aberto a ouvir e estar presente de corpo e alma nas relações com aqueles que me são caros. Isso demanda tempo, energia e não é uma tarefa fácil.

Como posso falar de algo que não está em mim. Para falar de algo com propriedade, tenho que estar cheio, transbordando disso. Cito isto, quanto a importância do equilíbrio espiritual, pois esta é força interior que nos mantém altivos, de cabeça fria, com o coração cheio e a alma serena.

O equilíbrio espiritual é algo que está dentro de nós e só poderá transbordar se for realmente algo que creio, uma causa. Caso isso não faça parte de mim em sua essência, estarei jogando palavras ao vento, sem sentimento e sentido. O equilíbrio espiritual é algo que transborda, emana e seu testemunho arrasta.

Ah, o lado profissional! Este é sempre o grande vilão. O responsável pela ausência junto dos amigos e familiares, pela falta de atividade física, pelo descuido com a saúde, por deixar de lado o alimento para a alma que é a religião. O lado profissional é aquele pilar que lhe toma todo o tempo e ainda tem as melhores “desculpas/justificativas” para não ter tempo para os demais.

Somos levados a pensar que se não dedicarmos o necessário à nossa carreira não teremos recursos para bancar as outras coisas que são imprescindíveis em nossa vida. Mas devemos sempre nos perguntar: quem é o escravo de quem neste jogo?

O desequilíbrio dos demais pilares desencadeia problemas no pilar da saúde. Os alertas dados por nosso organismo são diretamente relacionados ao estilo de vida que estamos levando. Nosso corpo é como a natureza, fica silencioso sofrendo todos os desgastes, mas quando ele cobra, seu preço é alto e infelizmente em alguns casos, custa a nossa vida.

O lazer é uma espécie de válvula de escape, algo que tem importância vital para nós, pois é fonte de satisfação ao liberar endorfina em nosso organismo. É o responsável também por redobrar nossas energias, renovar nosso ânimo e nos manter altivos. Para aqueles ávidos pelo esporte, vai além da válvula de escape e se transforma em algo mais que prazeroso, transforma-se num estilo de vida.

E você, já descobriu qual lazer lhe dá prazer? Está esperando o quê para dedicar o tempo necessário para estes momentos de gozo e prazer?

De acordo com a programação neolinguística, só mudo um habito, se realmente o encaro como algo que quero e não como uma obrigação. Portanto inicie este exercício mental, falando para si o que você realmente quer. Esse já será o primeiro passo.

Não quis aqui dar dicas ou uma lista de coisas que devemos fazer e ou seguir para ser feliz, mas sim externar que: viver é um desafio de malabarismo, que demanda de nós comprometimento com os cinco pilares do bem-estar, dedicando a cada um deles tempo necessário para “manter nossos pratos” em equilíbrio!

Para refletir, deixo a frase abaixo, que para mim é perfeita: