Vingadores Ultimato: Quando você une duas paixões

Vingadores Ultimato: Quando você une duas paixões

Com a chegada de Vingadores Ultimato, se você é nerd como eu, ficou fascinado vendo tudo o que envolve essa incrível história fruto desses 10 anos de MCU.

Então somando com alguns conhecimentos de mercado, fiz algumas relações entre o Universo Cinematográfico Marvel e gestão de projeto. Bora lá?

Se você também gosta desse universo de heróis, deve se lembrar que, antes deste Universo Cinematográfico da Marvel, os filmes e produções deixavam muito a desejar, com raras exceções, claro!

MCU o Início

Se a gente pensar láááááá no começo, mais precisamente em 2011, quando foi lançado o Capitão América: O Primeiro Vingador, anos antes de cogitarmos Vingadores Ultimato, o filme era bastante simples, o estúdio estava engatinhando: era preciso testar! E porque não com o grande Steve Rogers né? Logo ele, um soldado treinado para enfrentar o campo de batalha era o responsável por ser a linha de frente com essa incrível saga, ou seria projeto?

Se analisarmos todo o MCU como um grande projeto, podemos ver claramente diversos MVPs (o famoso mínimo produto viável) entrando no ar com seus testes, acertos, erros, melhorias e evoluções.

Falando nisso, algumas foram bem questionáveis, como a do marcante Homem de Ferro, que, embora tenha começado de forma surpreendente, as sequências cá entre nós, deixaram bastante a desejar, né?

Os aprendizados

Um dos maiores aprendizados nesses 10 anos de MCU é a trajetória do Gigante Esmeralda, Hulk. Tudo começou com O Incrível Hulk (2008), com Edward Norton no papel principal, que era o verdadeiro bug no projeto.

Porém, e por sorte de nós, fãs, isso foi um aprendizado. O estúdio foi se adaptando aqui, ajustando ali, até encontrar fórmula do Mark Ruffalo que temos hoje.

E aí está o pulo do gato, na minha opinião: eles seguiram testando e validando novas abordagens até chegar numa das fases mais marcantes, no meu ponto de vista.

Os experimentos

Com personagens e histórias consolidadas de grandes heróis, eles passaram a explorar e experimentar o novo. E quando falo isso, me refiro aos Guardiões da Galáxia em 2014, um quadrinho até pouco tempo desconhecido da grande massa, recheado de humor e abrindo novos mundos de oportunidades, que levaram as produções para um novo universo, literalmente.

Guardiões da Galáxia ainda valem um capítulo à parte, principalmente se lembrarmos das crises geradas pelos tweets de 10 anos que levaram à demissão de James Gunn. Contudo, um tempo depois dele ter publicamente assumido erro e ter se desculpado sobre o ocorrido, voltou para dar continuidade aos Guardiões.

Em uma entrevista recente, os irmãos Russo deram uma aula de Gestão de Projeto ao ser questionado sobre como os filme conversam entre si, eles responderam que o grande elo entre todas as produções que hoje culminam no “Vingadores: Ultimato” é uma única pergunta: “O que significa ser um herói?”

O caminho até Vingadores Ultimato ainda era longo, e se estamos falando de um grande projeto, o objetivo final é que o possa funcionar, cada feature já estava consolidada, testada e aprovada.

A homologação

O primeiro experimento para juntar tantas features, quero dizer, personagens em um mesmo filme foi o Capitão América: Guerra Civil. Onde pudemos vivenciar eles na mesma tela, ao mesmo tempo.

E essa foi uma grande homologação para a continuidade do Universo que a MCU estava construindo.

Se pensarmos na nossa dinâmica de trabalho, tem sempre aquela inclusão final que acaba dificultando o funcionamento de tudo, que não foi o caso aqui, então estavam prontos para os próximos saltos.

Wakanda Forever: a representatividade

O mundo mudou e a MCU também. E foi entendendo este novo momento das pessoas que vem uma das melhores inclusões (na minha humilde opinião) do universo cinematográfico da Marvel, Pantera Negra!

Em um momento histórico onde todos estamos buscando representatividade, buscamos onde nos apoiar, onde nos inspirar, a MCU acerta em cheio e trás um grande e representativo herói para as telas em um filme lindo, do começo ao fim, pensado nos mínimos detalhes. E, principalmente, feito por pessoas que buscavam aquela representação. E foi incrível!

Mais uma vez vamos lá juntar tudo que foi criado e fazer funcionar. E funcionou!

Vingadores Ultimato: a conclusão de um projeto

Vingadores Guerra Infinita foi de tirar o fôlego e mesmo assim era possível ver que cada peça construída fazia sentido por si só, cada parte foi pensada e testada separadamente, para garantir que ali, naquele momento, você pudesse ver o TODO funcionando, encantando com o que estivesse à sua frente.

Como todo bom andamento de projeto, o objetivo é abrir novas oportunidades e eles foram muito efetivos nisso: a Guerra Infinita abriu caminho para novos questionamentos, mas o que não se esperava era uma reparação na linha do tempo de toda esta saga.

Afinal de contas, quem nunca esqueceu aquele bug ali adormecido, aquela linha sem ponto e vírgula que apesar disso não retornou nenhum erro. Nesse caso entrou muito mais do que uma correção na linha histórica do Universo, entrou um mundo novo de oportunidades e ajustes.

Assim como Pantera Negra, Capitã Marvel veio para revitalizar o cinema, veio para gerar empatia e construir sinergia entre um produto que não parava de crescer com um público que cada vez mais era crítico e buscava representatividade.

Com um dos melhores filmes de apresentação de todo o Universo, Carol Denver se apresenta como a cereja do bolo de um projeto fantástico que se aproxima de seu deadline, ou seria Ultimato?

O que fica pós-deadline, após Vingadores Ultimato, o que sobra de um depois da entrega?

Um LEGADO! E se pensamos em gestão de projeto é para isso que precisamos olhar, aquilo que fazemos todos os dias, abre ou fecha portas?

Qualquer que seja a resposta é preciso entender que houve crescimento, evolução e aprendizados. O que está por vir é ainda mais animador, um universo repleto de heróis com suas lutas e visões para proteger o mundo.

E no seu projeto? O que você deixa?

André Mota

Profissional de Marketing • Publicitário • Design • Inovação • Economia comportamental

5 a

Por mais difícil que seja separar o André gestor de 34 do André garoto de 10 e ver a Marvel Studios como uma empresa, é possível sim traçar um paralelo entre o dia-a-dia de uma empresa e de como temos percalços a cada dia, novos segmentos surgindo e novos segmentos tornando produtos obsoletos a cada dia, além, é claro os problemas internos que toda empresa precisa contornar torna o feito industrial e a gestão do Kevin ainda mais impressionantes!

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