Visão linear da vida: o que aprendi com meu diário sobre planejamentos que não dão certo
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Visão linear da vida: o que aprendi com meu diário sobre planejamentos que não dão certo

Na maioria das manhãs eu tenho o costume de escrever em meu diário. 

Começou como um caderno de gratidão e, meses depois se tornou uma espécie de confidente das experiências e sensações da minha vida. 

O ritual só se torna completo quando músicas instrumentais em baixo volume me acompanham na viagem interna. Pode acreditar - as ondas sonoras fazem total diferença no meu processo de escrita. 

Ao olhar para a tela do celular, uma canção intitulada Linear Vision estava tocando. Vibração leve e calma que me fez questionar e, inevitavelmente escrever no último parágrafo da última página do caderno: 

Na maior parte do tempo, nossa visão diante da vida é linear.

Nós a enxergamos assim porque fomos domesticados ou por que é a lente que preferimos usar?” 


Revisando as folhas rabiscadas, percebi que a vida definitivamente não é uma linha reta. 

Os relatos misturam motivação, angústia, dúvidas, alegrias, ansiedade, ideias e mais um monte de emoções que comprovam o movimento volátil da nossa caminhada. 

Embora saibamos que nossa existência não é linear, temos uma tendência viciante de acreditar nisso, e apagamos as sinuosidades da estrada com nossa borracha mental. 


Neste momento, me recordo de quantos planejamentos profissionais e pessoais fiz ao longo dos últimos anos; e, levo um pequeno susto - acompanhado de uma sutil indignação - ao perceber que em sua maioria foram desenhados para uma realidade inexistente. 

Por alguns minutos parei pra assimilar o rebobinar em alta velocidade da minha memória, e na sequência, meu rosto esboça um sorriso de gratidão, ao perceber que: 

Desbravar os caminhos emaranhados da vida, proporciona oportunidade para desenvolver a criatividade na resolução de problemas, me dá capacidade de fortalecer a inteligência emocional, e por consequência; ganho lucidez na construção do indivíduo que desejo ser. 


A manhã fria me chama de volta pra realidade. 

Meu primeiro caderno-diário acabou e me despeço dele com uma tonelada de aprendizados.

Para finalizar o ritual, decido abrir aleatoriamente em uma página antes de encerrar o texto, e eis que é a data do meu aniversário. Cheia de saudosismo, leio o trecho em voz alta: 

“E quando me dou conta da brevidade da vida, da velocidade do tempo e da importância da presença; me sinto feliz por estar vivendo o meu máximo todos os dias. Aprendi a valorizar o que faz sentido, e definitivamente, não são coisas.” 


O desconfortável zigue-zague da vida é sempre capaz de nos ensinar muito mais do que imaginamos. 

Alex Alberto

Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos l Lean Manufacturing l Gestão de Processos - Business Process Management (BPM) I

5 a

Vejo a importância  de viver a realidade. Criamos tantos sonhos e esquecemos de vive -los. Agradeço este momento de observação.

Rodrigo Porto Augusto ☯

Gerente de Inside Sales na Neoflow | Máquina Vendas | Receita Previsível |

5 a

Legal, parabéns pelo exercício e por compartilhar. Da uma olhada no aplicativo "Circulo", certeza que você vai se apaixonar.

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