VIVENDO E APRENDENDO
Enquanto estava empregada eu lia alguns posts do LI e não conseguia imaginar que as coisas estivessem realmente tão “viradas” como estão...
Agora, desempregada, em busca de recolocação, procurando novos desafios, ou outro nome que queiram chamar, vejo que as coisas estão mais difíceis do que imagino...
Recrutadores reclamando de currículos spam e candidatos que não aparecem, candidatos reclamando de recrutadores que não dão retorno dos processos seletivos.
Recrutadores tentando encontrar o melhor candidato analisando o perfil comportamental, experiências, etc e os candidatos se tornando experts em “como enganar o recrutador” lendo todas as matérias e workshops que ensinam como se comportar nas entrevistas, o que falar, como fazer o currículo perfeito.
Empresas buscando “super profissionais” e profissionais buscando “super empresas”.
Se um profissional ficou mais de 5 anos na mesma empresa pode ser visto como uma pessoa sem iniciativa, sem pró-atividade, da mesma forma que aquele que ficou 5 anos fora do mercado por escolha própria, algum projeto de vida, maternidade, seja o que for.
Um jovem recém formado ou alguém que está tentando mudar de carreira não tem oportunidades por não ter experiência profissional, nós que já quarentamos (ou cinquentamos) e temos experiência de sobra não temos oportunidades por sermos considerados ultrapassados, obsoletos ou acham que não temos energia para trabalhar com afinco.
Mulheres sem filhos podem ser chamadas de egoístas ou insensíveis (não é fácil com toda a pressão da sociedade em prol da maternidade) e nós que somos mães somos descartadas pelo simples fato de ocasionalmente, se acontecer, porventura precisar se ausentar do trabalho em função da família (em cinco anos como mãe, felizmente, só precisei me ausentar 2 vezes).
Homens com dificuldades em se colocar em “cargos historicamente femininos” e mulheres com dificuldades de entrar no “mundo dos cargos historicamente masculinos”.
O profissional que tinha um salario alto não é considerado para vagas com salario menor, sem considerar o histórico, a situação atual do país, o tempo que este profissional ficou na empresa...
O que aprendi com tudo isso? Realmente precisamos nos colocar mais no lugar dos outros, pensar fora da caixinha e experimentar uma mudança de conceitos e “pré-conceitos”. E, o mais importante, continuar tentando... apesar de tudo.