Viver o que prega ou pregar o que vive?

Viver o que prega ou pregar o que vive?

Martinho Lutero e a Força do Exemplo

Você já ouviu falar de Martinho Lutero, certo? Sim, aquele monge alemão do século XVI que resolveu bater de frente com a Igreja Católica e deu início à Reforma Protestante. Mas hoje, quero falar de algo mais profundo e, ao mesmo tempo, bem prático que ele disse. Lutero proferiu uma verdade que, mesmo séculos depois, continua relevante: "Todo alicerce de credibilidade das nossas palavras depende da forma que vivemos."

Vamos destrinchar isso.

O Peso das Palavras

Lutero sabia que palavras têm poder. Elas podem inspirar, convencer e transformar. No entanto, ele também sabia que palavras, por si só, são apenas sons. O que dá peso a essas palavras é a nosso exemplo de vida. É muito fácil falar bonito, pregar santidade, defender princípios e moralidade. Difícil mesmo é viver de acordo com essas palavras.

Vivendo o que Pregamos

Vivemos em uma época onde a falta de confiança é alta. Seja no meio acadêmico, na empresa onde trabalhamos, no meio político, entre líderes religiosos, entre amigos ou na sociedade em geral — todos estão sob constante escrutínio. E por quê? Porque muitos falam, mas poucos vivem conforme falam. Martinho Lutero nos desafia a sermos diferentes. Ele nos lembra que nossas palavras só terão impacto real se forem respaldadas por nossas ações diárias.

Pense naqueles que você mais respeita. Provavelmente, são pessoas que vivem o que pregam. Elas não só falam sobre honestidade, integridade e trabalho duro; elas demonstram isso em suas vidas. E é isso que as torna dignas de credibilidade.

A Igreja que você frequenta, os pregadores que sobem no púlpito, todas as palavras e ações são medidas e analisadas o tempo todo.

A Credibilidade na Sociedade Atual

No cenário atual, especialmente para nós cristãos, essa mensagem de Lutero é mais relevante do que nunca. Defendemos valores, família, ética no trabalho e responsabilidade pessoal. Mas, para que essas palavras ressoem e sejam levadas a sério, precisamos ser o exemplo vivo desses valores.

- Família: Não basta falar sobre a importância da família. Precisamos investir tempo e amor em nossas próprias famílias, zelar e orar por nossos filhos e netos, mais que isso, dar à eles o exemplo a ser seguido.

- Trabalho: Não adianta pregar sobre ética no trabalho se não estamos dispostos a dar nosso melhor em nossas profissões, se deixamos de fazer o que nos foi proposto quando contratados, se defraudamos os horários de café, almoço, se nos ausentamos das nossas obrigações e culpamos nossos pares quando algo dá errado.

- Responsabilidade: Não podemos falar de responsabilidade pessoal sem assumir a nossa, seja como família, funcionário, patrão, amigo ou Igreja, Cristo nos deu o exemplo da responsabilidade com o próximo e isso deve estar arraigado em nossas mentes.

O Desafio de Lutero

Martinho Lutero nos lançou um desafio: alinhar nossas palavras com nossas ações. Isso não é fácil. Requer autocrítica, disciplina e, muitas vezes, coragem para nadar contra a corrente, para colidir com nosso orgulho e vencer o nosso ego. Mas é esse o caminho para construir uma sociedade mais íntegra e para que nossas palavras tenham o impacto que desejamos.

Então, da próxima vez que você estiver prestes a fazer um discurso, ou for o preletor da palavra, ou for defender um princípio, lembre-se das palavras de Lutero. Pergunte a si mesmo: "Estou vivendo isso que estou pregando?" Se a resposta for sim, suas palavras terão uma força imensurável. Se não, talvez seja hora de ajustar o curso.

Em resumo, Martinho Lutero nos deixou uma lição poderosa: a credibilidade das nossas palavras depende da forma como vivemos. E esse, meus amigos, é um princípio que devemos carregar conosco todos os dias. Lembre-se que Jesus é o maior exemplo de viver o que pregou.


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