Você é egoísta no seu negócio?
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Você é egoísta no seu negócio?

Estive pensando muito nos últimos dias em começar a escrever textos para compartilhar as experiências, positivas e negativas, que eu tenho na minha vida como empreendedor. Lembrei que o Linkedin disponibiliza este espaço para a confecção de artigos, então, aqui vai o meu primeiro texto que começa com uma reflexão sobre o título. Afinal, você é egoísta no seu negócio? Se não tiver um negócio, você é egoísta no seu trabalho? De zero a dez, o quanto você se acha egoísta?

Enquanto você reflete, deixa eu me apresentar. Eu me chamo Manoel Felipe, tenho 25 anos e me aventuro diariamente no mundo do empreendedorismo administrando dois negócios, uma empresa de copos e canecas personalizados e um ponto de distribuição de uma grande empresa de cosméticos nacional. Em suma, minha história se resume a isso neste texto (Prometo algo mais detalhado em um artigo específico sobre como comecei a empreender).

Então, já encontrou as respostas para as perguntas feitas no início deste texto? Deixe-me contar a experiência que eu tive esta semana no meu ponto de distribuição.

Eu estava resolvendo algumas tarefas pessoais quando o meu celular tocou. Era a ligação da minha funcionária informando que um cliente queria um produto que estava em falta no nosso estoque. Minha funcionária perguntou se ela poderia buscar o produto em outro ponto de distribuição e pedir para o cliente retornar em outro horário. Falei que ela poderia apenas indicar a distribuidora mais próxima do nosso endereço. Ela retrucou dizendo que não iria indicar nenhum outro ponto de distribuição, pois corria o risco de os clientes não voltarem mais. Falei apenas "indique a outra distribuidora. Não há sentido em ocultar esta informação.".

Acho que você deve estar pensando "Manoel, eu não quero perder meus clientes indicando os meus concorrentes.". Meu caro, minha cara, você já perdeu a venda no momento que você não tinha o produto que o cliente desejava. Nós não retemos clientes por um serviço ou mercadoria, a fidelização vem da sua entrega e atendimento. Estas são duas faces da mesma moeda. Comprometa-se em fazer um excelente atendimento e em entregar aquilo que o cliente realmente deseja. Se possível, quase sempre, surpreenda ele. É com estes objetivos que eu trabalho todos os dias. Apesar de a distribuição ser um trabalho padrão, procuro oferecer alguns diferenciais. Pessoas voltam a comprar conosco pela qualidade do nosso atendimento e facilitação do pagamento (é claro que a diversificação do pagamento deve ser analisada com cuidado para não deixar o seu negócio sem dinheiro no caixa e com inúmeras ordens de recebimento. Bom, acho que isto é um assunto para outro tópico).

Valorize a sua rede de contatos

Uma lição que eu aprendi há bastante tempo é que ninguém cresce sozinho. Quando eu comecei a fazer canecas e copos personalizados em meados de 2017, eu vendi para alguns clientes redirecionados de outros fornecedores. Em muitos momentos, eu encaminhei meus clientes para eles. Muitos dos clientes que eu tenho hoje no ponto de distribuição vieram até mim por indicações de outros distribuidores. Por isso, valorize as suas relações.

Em minha visão pessoal, acho muito egoísmo deixar um cliente sem um produto ou serviço. Quem tem um produto ou serviço como um fim, dificilmente durará no mercado. Com consumidores cada vez mais exigentes, é preciso mostrar o que te torna único. Qual o seu diferencial?

Em suma, acredito que ainda terei muitos aprendizados no decorrer da minha vida empresarial, mas tenho plena convicção que o caminho do sucesso não passa pelo egoísmo. Por isso, se você é empregado, ajude o seu colega de trabalho, ou, se você é empresário, ajude os seus clientes a encontrarem a solução para o que eles desejam. Talvez naquele dia você não tenha ganhado dinheiro, mas ganhou reconhecimento e gratidão. E isso, meu amigo, é mais valioso. Muito mais valioso.

O egoísmo pessoal, o comodismo, a falta de generosidade, as pequenas covardias do cotidiano, tudo isso contribui para essa perniciosa forma de cegueira mental que consiste em estar no mundo e não ver o mundo, ou só ver dele o que, em cada momento, for suscetível de servir os nossos interesses.
José Saramago

Um grande abraço,

Manoel Felipe

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