Você é o produto ou produtor?

Hoje, ás 15:30, hora que começo a escrever este post me despeço da vida. A afirmativa pode parecer forte, mas é exatamente com esse sentimento que você deve entrar na leitura. Tudo vai se tornar claro logo.

Me despeço da vida nas redes sociais (instagram, Twitter, TikTok) que nada agregam ao meu objetivo maior, minha missão. Redes sociais (com raras exceções como o IN), são terra de ninguém, onde frustrações com a própria vida levam pessoas de bem (pais, mães, filhos, avós...), ao ‘fogo amigo doloso’, onde há a intenção de machucar. Estamos perdendo a humanidade e a sensibilidade com o próximo. E esse próximo tem ficado cada vez mais próximo.

Minha profissão já me levou para vários cantos do mundo. Em lugar algum, nem mesmo no meio da guerra entre Arábia Saudita e Iêmen, encontrei canais de televisão e mídias recheados de sangue e violência gratuita, onde pessoas em pedacinhos são transportadas em malas e despachadas como lixo. E isso se tornou normal. Não nos chocamos mais.

Durante décadas fomos bombardeados por uma mídia sensacionalista, machista, racista, controladora; ascendida do quarto ao primeiro poder pelas mesmas pessoas que hoje são manipuladas por outras mídias de intenções duvidosas, na disputa pelo produto mais caro da história, o santo graal dos algoritmos das redes sociais, que uma vez obtido é vendido a quem pagar mais, que irá utilizar este produto para subjugar massas, eleger e derrubar presidentes, definir o que é certo e errado, bonito, feio, agradável, cheiroso. Esse produto é você!

Postamos fotos de vidas falsas, iluminação falsa, intenções falsas... nem mesmo as cores são mais reais. E esse passa a ser o mundo no qual vivemos, um mundo falso, de beleza falsa, de conhecimento raso e míope, da falsa felicidade do flash, de discursos vazios, mas recheados de ódio. Tudo que precisam é de seu tempo e atenção total. A linha entre fake e fato está cada vez mais tênue.

Basta!

Este é um manifesto contra tudo que é falso. Onde há falsidade não pode haver amor e compaixão pelo próximo. Sobra caridade, que sem anonimato vira vaidade.

Eu sou o Evandro, andarilho do mundo, pai de três Marias, esposo da minha melhor amiga e confidente Silvia Helena. Eu sou o #conhecimentocompartilhado e #soupartedasolucao. Acredito que através do capital compartilhado (incluído aqui o conhecimento) traremos equidade pra quem está a séculos esquecido, pagando assim uma dívida incalculável, centavo por centavo, ao mesmo tempo que nos tornamos mais humanos no processo. Já tem gente demais fazendo o mal no mundo. O homem mau não é aquele que comete maldade, esse merece ajuda, direção e cura. O mau é aquele que podendo fazer o bem para o próximo, se nega a fazê-lo, mesmo consciente que o irmão ficará em situação pior que estava antes de cruzar seu caminho.

Sou contra falsas religiões, onde os verdadeiros demônios que tornam nosso planeta no inferno, travestidos de líderes religiosos (todos esses que estão na televisão em templos suntuosos, de jatinho particular, carros de luxo e mansões, enquanto milhares de suas ovelhas passam fome) enganam e humilham ainda mais uma massa de pessoas do bem, órfãs de um Estado corrupto e falido, que como uma supernova, vem se expandindo e colapsando sob si, emitindo como resultado uma iluminação absurda, que atinge os cantos mais escuros da galáxia.

Fiz da minha missão de vida ser um agente provocador e facilitador deste tipo de cenário. Espero em vida ainda ver uma humanidade despida de preconceitos, de cores, se exonerando do cargo de auditor do certo e do errado, que confusos acreditamos que o oposto de ‘normal’ é ‘anormal’, quando na verdade é ‘diferente’.    

Engana-se quem acha que estamos vivendo uma revolução tecnológica (essa já começou a milênios atrás com a descoberta do fogo - o resto é resultado natural do acúmulo de conhecimento). Vivemos sim uma revolução antropológica, onde nossas crenças e mal hábitos, por não acompanharem a mesma velocidade da revolução tecnológica, nos trouxe diversos dilemas éticos e morais enquanto por outro lado evidenciou e colocou na sala dos lares, com a captura de imagens e vídeos o que se escondia na escuridão da ignorância seletiva: ódio, abuso, estupro, pedofilia, intolerância, maldade, falta de amor e sensibilidade.

A mudança não vem do dia pra noite. A consciência da mudança sim, mas a mudança em si é um ato longo e doloroso, de aprendizado diário, de compromisso eterno. Fico feliz por tudo que vem sendo feito por organizações e pessoas ao redor do mundo, mesmo em meio a tanta loucura e incertezas, para melhorar a vida de quem precisa (na verdade não fazem mais do que a obrigação). Dívidas se pagam com ações, não campanhas publicitárias fantasiosas. As empresas que estão entendendo a mensagem estão crescendo exponencialmente. Isso sim é #empreendedorismosocial em sua essência. No extremo oposto, me dá calafrios em ver quanta gente ainda resiste a essas mudanças, reagindo violentamente ao avanço da consciência coletiva, acordada do torpor da submissão e humilhação, das migalhas desnutridas de um pai ausente e sarcástico.

Tenho morrido como produto de uma sociedade consumista, como replicador de agendas do ódio e renasço como agente de mudança, provocador e facilitador de ambientes onde o amor e respeito ao próximo é o produto final e o bem a moeda de pagamento.

“Se você não está pagando por um produto, é sinal que o produto é você.” – Andrew Lewis, jornalista americano.

E você, se considera produto ou produtor? Vamos debater sobre a influência das redes sociais em nossas vidas e como isso nos afeta como sociedade?

#redessociais #socialnetwork