Você é uma pessoa ancorada?
Uma das barreiras mais comuns para a inovação é a ancoragem. Ancoragem é um termo que indica a dificuldade em mudar de opinião após ter uma primeira impressão. Ou seja, a pessoa fica amarrada naquela 1ª experiência. Corporativamente isto significa impossibilidade de pensar de uma forma disruptiva. O hábito de realizar determinadas tarefas da mesma forma há muitos anos, bloqueia a imaginação e aumenta a resistência às mudanças. “Por quê mudar? O processo está maduro e funciona.” No entanto, ao longo do tempo, outras tecnologias surgiram, uma nova geração de consumidores demanda serviços de maneira diferente e negócios desapareceram.
Uma pesquisa recentemente divulgada no Fórum Econômico Mundial de Davos revelou que 40% dos entrevistados têm medo de não acompanhar a velocidade exigida pelo negócio digital. Os colaboradores reconheceram que a transformação digital e a forte concorrência exigirão uma maior competência digital. Dos 12 países envolvidos na pesquisa, o Brasil é o país mais preocupado com esse assunto. Para 88% dos entrevistados, a responsabilidade de criar culturas inovadoras é de seus empregadores.
Concordo que inovação é uma cultura e que um ambiente inspirador ultrapassa o velho discurso de ROI, mas os colaboradores não devem se acomodar. Pelo contrário! De acordo com a mesma pesquisa cerca de 54% dos colaboradores brasileiros creem que deverão aprender a usar novos sistemas e aplicativos, assumindo que suas tarefas serão automatizadas até 2020. Portanto soltar as amarras é imperativo.
Ainda encontramos empresas que não utilizam uma melhoria básica como o código de barra, seus colaboradores seguem digitando códigos de produtos. Outras empresas, com uma cultura tradicional, baseada no “cara a cara”, resistem ao canal digital, e mantêm o custo de portadores levando/trazendo documentos.
Não podemos nos esconder por trás do discurso da empresa ou iremos afundar junto com ela.