VOCÊ JÁ ENCONTROU SEU LUGAR AO SOL?
Entenda qual significado e sentido da sua vida hoje
Now the deed is done as you blink she is gone
Let her get on with life
Let her have some fun
Você já se sentiu como um pássaro preso em uma gaiola aberta? Você já se pegou olhando para o horizonte imaginando como sua vida teria sido se você tivesse feito escolhas diferentes num passado não muito distante? Você já sentiu vontade de abrir mão de tudo que supostamente conquistou e que a sociedade taxa como estável para ir buscar seu lugar ao sol? Será que existe um lugar ao sol?
Quando somos ainda jovens, idealizamos um futuro perfeito, brilhante e promissor em todos os âmbitos. Planejamos a maneira como seguiremos caminhos diferentes daqueles que os nossos pais trilharam, o quanto seremos bem sucedidos, além de acreditar na capacidade enganadora de transformar o mundo e as pessoas que convivem nele. Mas ao decorrer dos anos notamos que a realidade não é bem desta maneira não é mesmo?
Ao observar a vida, podemos notar que a maioria das pessoas não se saiu exatamente como imaginavam, ainda que muitas delas estejam realizadas financeiramente, formadas e até mesmo casadas. Existe dentro delas um desejo enorme de buscar por algo que ainda não encontrou. A tal felicidade.
Mas para encontrar a bem aventurança, a alegria e o regozijo denominada “felicidade” é necessário coragem de ir buscá-la, além de coragem para saber vivê-la. Veja o que “Rollo May” disse sabiamente em 1978 em seu livro “O homem a procura de si mesmo”: coragem é a aptidão para conquistar a liberdade.
A palavra felicidade significa qualidade ou estado de feliz, consciência e plenitude. É ter satisfação, contentamento e bem-estar independente dos contratempos que a vida apresenta como momentos de aflições, desemprego, morte entre outros ciclos.
Ser feliz não se refere exclusivamente a ter uma vida em que existam somente momentos agradáveis como viagens, riquezas e sucesso. Caso contrário, grandes profissionais não teriam abandonado suas carreiras de sucesso, estabilidade e prosperidade em busca do que realmente os faziam felizes.
A má notícia é que muitas pessoas costumam silenciar a coragem de se mover em busca da plenitude pessoal mantendo-se refém da falta de ação, presos pelo conforto financeiro, emocional ou pela estabilidade. São pessoas que possuem o que a sociedade considera como sucesso, mas ainda assim não se sentem completamente realizados como seres únicos. São infelizes.
Esta falta de atitude em encontrar o seu lugar ao sol ocasiona a ausência de criatividade, baixa autoestima e estagnação pessoal. Por medo de “bater asas e voar”, desistir do projeto de vida ideal ou do que seus familiares ou amigos esperavam delas, elas permanecem desmotivadas numa falsa imagem de vida feliz.
Tais pessoas sorriem nas festas, estão presentes nos compromissos familiares, viajam para esquecer ou tentar recuperar algo que não exista mais, jamais faltam em seus empregos, dançam com as músicas, mas há muito tempo não sentem o cheiro daquilo que realmente lhes dava prazer, alegria ou vigor.
Sabe o cheiro da primeira boneca quando éramos criança, um carrinho novo ou um perfume que lhe trazia o cheiro de esperança? “Somos adultos que apenas vai levando”.
Angerami-Camon disse: “Sem a angústia da existência não há satisfação humana”. “Se fugirmos do medo, insatisfação e se esconder de nós mesmo, acabaremos minguando o nosso amor-próprio, autoestima e até mesmo a autoaceitação”. “Precisamos ter coragem de dizer adeus para algumas situações que nos anulam, precisamos ter coragem para sermos autênticos.”.
É possível ser plenamente feliz e realizado, isso não é histórias retratadas apenas nos filmes. Podemos ser feliz aqui e agora. Existe um lugar que é só nosso, que talvez não seja este aqui.
Se você olha para seu passado e gostaria de ter feito escolhas diferentes, também é sinal de que você não alcançou exatamente o que seu âmago gostaria, e deixar essa situação como está, pode trazer até mesmo doenças. Segundo o Coach Ricardo Oliveira em entrevista ao G1: “deixar o tempo passar sem fazer alguma mudança pode até deixar a pessoa doente”.
Na obra “Como encontrar o trabalho de sua vida”, “Roman Krznaric” trouxe dois relatos verídicos e surpreendentes de pessoas que viviam segundo o padrão promissor, entretanto profundamente infelizes, veja:
Foi então que me dei conta de que não podia continuar assim. O problema era que todas as alternativas — mudar de carreira, começar tudo de novo — pareciam impossíveis. Como trocar o conforto da minha vida segura por algo tão incerto? Será que eu não estaria arriscando todo o progresso que já tinha alcançado até ali? Também me senti culpado por estar buscando luxos como “sentido” e “realização”. Será que meu avô teria reclamado desse destino? A vida parecia oferecer uma terrível escolha: dinheiro ou sentido. Será que eu não estaria arriscando todo o progresso que já tinha alcançado até ali? (Rob Archer)
O caso de (Sameera Kaln): Eu estava em lua de mel, sentada em uma praia na Sicília, quando tive uma epifania. Percebi que alguma coisa estava errada. Tinha acabado de me casar, o que foi um tremendo rito de passagem na minha vida, e deveria estar radiante. Realizara o sonho de ser advogada, e tinha o meu marido ao meu lado. No entanto, me sentia totalmente frustrada. Onde estava o brilho do “minha vida agora que está perfeita”? Percebi que não seria feliz sentada em um escritório pelos próximos quarenta anos — pelo resto da minha vida — fazendo com que pessoas ricas ficassem ainda mais ricas. Certamente, minha carreira deveria oferecer mais do que isso. Será que é isso mesmo? Será que a minha vida vai ser sempre assim? Quando me dei conta de que a minha carreira até ali não parecia ter muito significado, fiquei arrasada.
Precisamos ser sensíveis ao significado e sentido de nossas vidas, ou acabaremos matando nossa autenticidade, nos anulando e esquecendo quem somos na essência. Este é o caso de inúmeras pessoas que vivem uma vida que não são delas.
Mas a insatisfação pessoal não se trata apenas da vida profissional, mas pessoal também. Dez entre sete casais se sentem amargurados, descontentes e “empurram com a barriga” seus relacionamentos amorosos. A maioria tem dificuldades em aceitar que o maior naufrágio é deixar de partir. Quando percebem já se foram dez, quinze ou vinte anos de uma vida anulada.
Zé Geraldo em sua música “Mistérios” cantou: “Eu não posso acreditar, que a vida saiu pela porta e eu não notei”. “Que o cavalo passou encilhado e eu não montei”...
O pior sentimento é perceber que as oportunidades e os anos se passaram sem que tivéssemos atitudes assertivas.
Quando não existe mais paixão na relação, afinidade e os mesmo objetivos, forçar o relacionamento por causa da convivência e costume acaba “minguando o fogo que adora em nosso interior”, até quem um dia nos encontremos inteiramente infelizes ao lado de outra pessoa infeliz.
Além disso, tais sentimentos acabam levando alguns cônjuges a trair seus parceiros. Para alguns especialistas, a traição é uma forma de resgatar uma parte do “eu” feliz que ficou no passado. Numa época em que a pessoa possuía esperanças e se sentia autêntica. Época de sorrisos fáceis.
Há ainda o perfil de pessoas enrustidas, elas não têm coragem de trair seus parceiros, mas são infiéis em seus pensamentos e vão levando a vida como um pássaro na gaiola que observa outros pássaros livres.
A psicóloga Naiara O. Mariotto, disse: “As pessoas devem enxergar o fim da relação como uma oportunidade de reavaliar crenças, valores e perceber se a vida realmente está no trilho que desejam”.
Devemos entender “quais as motivações que nos mantêm nesta relação, neste emprego, neste bairro e etc.”.
“CONCEDEI-ME, SENHOR A SERENIDADE NECESSÁRIA PARA ACEITAR AS COISA QUE NÃO POSSO MODIFICAR E CORAGEM PARA MODIFICAR AQUELAS QUE EU POSSO”
Se as pessoas estão infelizes com a profissão, relacionamento e com o estilo de vida, por que elas não tomam uma atitude ao invés de viajar para suportar mais um ou dois anos, se embriagarem ou viver ausentes mesmo sendo uma pessoa presente?
Lord Byron pode explicar: "Sabemos muito pouco o que somos e menos ainda o que podemos ser." A verdade é que muitos de nós sequer imagina que estamos de fato infelizes. Os sinais indicam que algo está errado, mas ignoramos a sinalização ou não percebemos, apesar de senti-las constantemente. Semelhantemente a um funcionário insatisfeito que conta as horas para chegar à sexta-feira, os feriados e finais de semanas, assim como ele não vê a hora de bater seu ponto e ir embora, ocorre também com os relacionamentos e estilos de vida mirrada.
Eles não querem mais estar ali, mas ignoram os significados e sentidos reais de suas vidas constantemente.
QUANDO CHEGA A HORA DE FAZER ALGUMA COISA
Sua vida tem sido assim? Por vezes você olha para o horizonte e deseja voar para um lugar que sequer sabe onde é? Talvez você seja um pássaro que procura seu lugar ao sol.
Qual o sentido de sua vida?
A astróloga Bárbara Abramo em entrevista disse: “O sentido da vida varia de acordo com a época da vida, o sentido da vida para mim já foi lutar por uma causa, depois foi amar um homem, cuidar das filhas e às vezes tudo isso ao mesmo tempo, com algo em primeira instância, mas hoje em dia, o sentido da vida em minha opinião é outra coisa”. “A vida já tem um sentido, é diferente para mim hoje, hoje o viver é o sentido.”
No clássico filme “Rapunzel” reproduzida agora em sua nova versão, a malévola madrasta prende a Rapunzel numa torre muito alta, e após tê-la sequestrado dos seus pais verdadeiros que por sinal eram Reis, ela aprisiona a menina com falsas palavras de amor, respeito e segurança. Com manipulação extrema, chantagem emocional e culpa ela mantém Rapunzel presa naquela torre gélida.
Lá de baixo, era possível ver o desejo de bater asas e voar que a pequena Rapunzel sentia ao contemplar o horizonte. Até que um dia...
Rapunzel escapa se sentindo culpada por desobedecer a ordem da falsa mãe, e guiada por um instinto forte, ela vai a busca da luz que queimava dentro dela. Sem saber ao certo o que procurava ela seguiu e encontrou. O desfecho da história, que não é novidade para ninguém, se dá quando ela descobre que sua suposta mãe é uma bruxa, que o amor que ela encenava a Rapunzel era falso, além de pouco.
Rapunzel percebeu que seus pais verdadeiros tinham muito mais do que ela sequer imaginou um dia receber, sentir e vivenciar presa naquela torre. Ela chegou a conclusão de que valeu apena arriscar a estabilidade, segurança e o falso amor por uma vida real que trazia vigor a ela. “Willian Shedd” disse: Um navio está seguro no porto, mas não é para isso que os navios foram feitos.
TALVEZ SEJA HORA DE IR
Se você notar que em sua relação amorosa, profissão ou em outro tipo de convivência, você passa mais tempo triste do que feliz, mais tempo se anulando do que sendo autêntico e que sua vida não tem mais significado ou sentido, possivelmente chegou a hora de ir.
Ir buscar seu lugar ao sol...
Nem sempre esta busca se dá por meio de decisões radicais como um divórcio, mudança de lar ou demissão, mas talvez pequenas atitudes, ações e modificações já te leve a este novo lugar. Quando você se enxergar, respeitar e se permitir novamente ou até mesmo apresentar-se a você outra vez, talvez você já encontre seu lugar ao sol.
Porventura se você apenas praticar dizer a palavra “não” fará com que situações abusivas se dissipem. Entretanto se ainda assim o anseio de voar permanecer, você deverá ser mais decisivo e simplesmente ir com sabedoria.
Pode ser que inicialmente você voe meio sem jeito, solitário (a) e sem saber qual rumo seguir ao certo. Quem sabe depois de um tempo você ainda continue voando sem ter encontrado o lugar de pouso definitivo. Tudo bem, contanto que você voe...
Não importa os resultados, mas sim o processo de liberdade. O lugar ao sol existe, mas é preciso coragem para obtê-lo. Não é final de ano, mas proponha-se arriscar-se.
Pense em algo que seja diferente, e faça. Talvez isso desperte um frio na barriga, curta. Há quanto tempo você não se sente assim? Que tal praticar uma loucura?
Talvez loucura seja não lavar a louça após o jantar, pular de paraquedas ou simplesmente tomar uma atitude contrária a sua rotina. Cada um sabe sua medida, apenas sinta frio na barriga já.
Não se trata de uma apologia ao radicalismo, mas de uma busca do sentido real da sua vida. Por que você está aqui? Por que continuar? Você é feliz? Se sua resposta for sim, fique onde está, provavelmente você não é um pássaro que deseja voar. Neste caso você já encontrou o sentido da sua vida, mas se a resposta for não, permita-se ser feliz agora.
Você se lembra quando foi a última vez que não esteve nem ai? Estar nem aí, não é sinal de pouco caso alheio, mas de valor próprio em alguns casos. Pense Nisso.
Hey, mãe!
Eu tenho uma guitarra elétrica
Durante muito tempo isso foi tudo
Que eu queria ter
Mas, hey mãe!
Alguma coisa ficou pra trás
Antigamente eu sabia exatamente o que fazer
Hey, mãe!
Tem uns amigos tocando comigo
Eles são legais, além do mais não querem nem saber.
POR: DAIANE ALVES – Escritora
Viva para ser feliz e não viva em vão!
Cursando Psicologia e estagiária de Gestão de Talentos na Supergasbras
4 aJuliene Glei, leia este artigo sensacional 😍